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Espanhóis votam em busca de uma saída para a crise

Ar de melancolia e resignação dominava as zonas eleitorais enquanto as pessoas se dirigiam às urnas neste domingo

Espanha: pesquisas apontam ampla vitória dos conservadores do Partido Popular (PP), de oposição, Mariano Rajoy (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2011 às 10h29.

MADRI - Os espanhóis estão indo às urnas neste domingo em eleições parlamentares que devem tirar do poder os Socialistas e estabelecer um novo governo de centro-direita, que terá a tarefa de transformar a horrível situação financeira do país.

Um ar de melancolia e resignação dominava as zonas eleitorais enquanto as pessoas se dirigiam às urnas em um cenário de alto desemprego, cortes de gastos públicos e uma crise da dívida pública que colocou a Espanha na linha de frente na luta pela sobrevivência da zona do euro.

"Sendo um funcionário público, eu não estou otimista, uma vez que já estamos vendo cortes acontecendo," afirmou José Vasquez, de 45 anos, que estava entre os primeiros eleitores que apareceram para votar na capital, Madri.

"Podemos escolher o molho com o qual eles vão nos cozinhar, mas ainda assim seremos cozinhados." Pesquisas de opinião apontam que o Partido do Povo (PP), que é conservador e liderado por Mariano Rajoy, tem uma incontestável liderança sobre os Socialistas, que levaram a Espanha da expansão à retração em sete anos no poder.

Os eleitores estão furiosos com o fato de os socialistas não terem agido com rigor e agilidade para impedir o declínio na quarta maior economia da zona do euro e por terem estabelecido uma série de medidas de austeridade que cortaram salários, benefícios e empregos.

O povo agora está resignado devido a mais cortes nos gastos na saúde e na educação em meio à crise das dívidas na Europa, algo que já derrubou os governos de Irlanda, Portugal, Grécia e Itália e elevou o custo do crédito a níveis recordes na Espanha.

"Pelo menos veremos uma mudança de postura. Eles (PP) parecem mais técnicos para mim, parecem entender melhor da situação e mais sérios do que os caras que temos agora," afirmou Juan Costas, um aposentado de 73 anos.


Ele afirmou que estava votando no PP, embora no passado já tenha escolhido os socialistas.

As perspectivas negativas para a economia espanhola dominaram a campanha eleitoral. O país abriga quase um terço dos desempregados da zona do euro, sendo que um a cada cinco espanhóis não tem emprego. Além disso, a economia está ameaçando entrar em recessão em 2012, pela segunda vez em três anos.

O primeiro-ministro, José Luis Rodriguez Zapatero, decidiu não tentar um terceiro mandato depois que suas taxas de aprovação caíram.

Os socialistas escolheram o veterano político Alfredo Perez Rubalcaba como candidato, mas ele não conseguiu desvincular sua imagem de Zapatero, pois esteve no atual governo por anos.

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MADRI - Os espanhóis estão indo às urnas neste domingo em eleições parlamentares que devem tirar do poder os Socialistas e estabelecer um novo governo de centro-direita, que terá a tarefa de transformar a horrível situação financeira do país.

Um ar de melancolia e resignação dominava as zonas eleitorais enquanto as pessoas se dirigiam às urnas em um cenário de alto desemprego, cortes de gastos públicos e uma crise da dívida pública que colocou a Espanha na linha de frente na luta pela sobrevivência da zona do euro.

"Sendo um funcionário público, eu não estou otimista, uma vez que já estamos vendo cortes acontecendo," afirmou José Vasquez, de 45 anos, que estava entre os primeiros eleitores que apareceram para votar na capital, Madri.

"Podemos escolher o molho com o qual eles vão nos cozinhar, mas ainda assim seremos cozinhados." Pesquisas de opinião apontam que o Partido do Povo (PP), que é conservador e liderado por Mariano Rajoy, tem uma incontestável liderança sobre os Socialistas, que levaram a Espanha da expansão à retração em sete anos no poder.

Os eleitores estão furiosos com o fato de os socialistas não terem agido com rigor e agilidade para impedir o declínio na quarta maior economia da zona do euro e por terem estabelecido uma série de medidas de austeridade que cortaram salários, benefícios e empregos.

O povo agora está resignado devido a mais cortes nos gastos na saúde e na educação em meio à crise das dívidas na Europa, algo que já derrubou os governos de Irlanda, Portugal, Grécia e Itália e elevou o custo do crédito a níveis recordes na Espanha.

"Pelo menos veremos uma mudança de postura. Eles (PP) parecem mais técnicos para mim, parecem entender melhor da situação e mais sérios do que os caras que temos agora," afirmou Juan Costas, um aposentado de 73 anos.


Ele afirmou que estava votando no PP, embora no passado já tenha escolhido os socialistas.

As perspectivas negativas para a economia espanhola dominaram a campanha eleitoral. O país abriga quase um terço dos desempregados da zona do euro, sendo que um a cada cinco espanhóis não tem emprego. Além disso, a economia está ameaçando entrar em recessão em 2012, pela segunda vez em três anos.

O primeiro-ministro, José Luis Rodriguez Zapatero, decidiu não tentar um terceiro mandato depois que suas taxas de aprovação caíram.

Os socialistas escolheram o veterano político Alfredo Perez Rubalcaba como candidato, mas ele não conseguiu desvincular sua imagem de Zapatero, pois esteve no atual governo por anos.

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