Exame Logo

Veneno de caracol marinho pode se tornar analgésico potente

Os especialistas criaram ao menos cinco novas substâncias experimentais a partir desta proteína que podem conduzir algum dia ao desenvolvimento de analgésicos.

caracol (afp.com)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 05h41.

Uma pequena proteína extraída do veneno do caracol marinho conus parece promissora para produzir analgésicos mais potentes que a morfina, com menos efeitos colaterais e menor risco de dependência, segundo trabalhos de pesquisadores australianos apresentados neste domingo nos Estados Unidos.

Os especialistas criaram ao menos cinco novas substâncias experimentais a partir desta proteína que podem conduzir algum dia ao desenvolvimento de analgésicos orais eficazes para tratar algumas dores crônicas.

Veja também

"Trata-se de um passo importante que pode servir de base ao desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos capazes de aliviar as formas mais severas de dores crônicas atualmente muito difíceis de tratar", explicou David Craik, da Universidade de Queensland, na Austrália, autor principal da pesquisa.

O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Americana de Química (ACS, em inglês), reunida neste fim de semana em Dallas, Texas (sul).

As dores combatidas por estes medicamentos são provocadas frequentemente por diabetes, esclerose múltipla e por outras doenças que afetam as terminações nervosas, que podem durar meses ou até mesmo anos.

Os tratamentos atuais para estas dores crônicas neuropáticas podem causar efeitos colaterais significativos e são eficazes em apenas um de cada três doentes.

Os conus (caracóis marinhos de águas tropicais) utilizam seu veneno para paralisar suas presas. Este veneno contém centenas de peptídeos, que são pequenas proteínas conhecidas como conotoxinas. Nos humanos, algumas destas conotoxinas parecem ter efeitos analgésicos, explicou o pesquisador.

Acompanhe tudo sobre:INFOMeio ambiente

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame