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"TV paga não vai resolver sozinha o problema da banda larga no Brasil", diz ABTA

Para Alexandre Annenberg, da ABTA, a TV por assinatura sozinha não é capaz de financiar a construção de rede de banda larga em regiões sem atratividade econômica

Para o Ipea, quando os serviços de TV por assinatura e banda larga estão disponíveis, é a TV paga quem viabiliza a existência da rede, entrando a banda larga como um serviço complementar (Stock.Xchange)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 14h52.

São Paulo - A nova legislação de TV por assinatura não terá apenas efeitos positivos como os esperados pelo governo. Segundo a análise do Ipea, existem possíveis cenários que devem ser considerados em que haverá alguns efeitos colaterais da nova lei.

O instituto apresentou sua análise em evento promovido pelo Ministério das Comunicações nesta quinta, 1º, em Brasília.

Segundo Rodrigo Abdalla, pesquisador do Ipea, é esperada uma intensificação da competição em regiões de maior poder aquisitivo e em áreas já servidas pelo serviço, "e com isso não devem ser cobertos os gaps de cobertura que temos no Brasil".

Além disso, lembra o Ipea, a entrada de players com grande capacidade de investimento e negociação pode gerar desequilíbrios em relação a operadores de menor capacidade financeira.

Para o Ipea, a realidade mostra que quando os serviços de TV por assinatura e banda larga estão disponíveis, é a TV por assinatura quem viabiliza a existência da rede, entrando a banda larga como um serviço complementar.

A manifestação do Ipea estava em linha com a provocação feita pelo presidente da ABTA, Alexandre Annenberg. "Não esperem que a TV por assinatura resolva o problema da banda larga no Brasil ", provocou.

Um pouco antes, o diretor de banda larga do Ministério das Comunicações, Arthur Coimbra, havia exposto dados para mostrar que o desenvolvimento do mercado de cabo pode trazer mais 4,4 milhões de acessos banda larga ao País.

Segundo Alexandre Annenberg, é preciso que se olhe exemplos como o da Coréia do Sul, em que a demanda do governo por redes que pudessem dar suporte a aplicações de serviços públicos é que impulsionou o mercado de banda larga.

Para Annenberg, a TV por assinatura sozinha não é capaz de financiar a construção de rede de banda larga em regiões sem atratividade econômica. É preciso que o Estado crie um mercado para esses investimentos.

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São Paulo - A nova legislação de TV por assinatura não terá apenas efeitos positivos como os esperados pelo governo. Segundo a análise do Ipea, existem possíveis cenários que devem ser considerados em que haverá alguns efeitos colaterais da nova lei.

O instituto apresentou sua análise em evento promovido pelo Ministério das Comunicações nesta quinta, 1º, em Brasília.

Segundo Rodrigo Abdalla, pesquisador do Ipea, é esperada uma intensificação da competição em regiões de maior poder aquisitivo e em áreas já servidas pelo serviço, "e com isso não devem ser cobertos os gaps de cobertura que temos no Brasil".

Além disso, lembra o Ipea, a entrada de players com grande capacidade de investimento e negociação pode gerar desequilíbrios em relação a operadores de menor capacidade financeira.

Para o Ipea, a realidade mostra que quando os serviços de TV por assinatura e banda larga estão disponíveis, é a TV por assinatura quem viabiliza a existência da rede, entrando a banda larga como um serviço complementar.

A manifestação do Ipea estava em linha com a provocação feita pelo presidente da ABTA, Alexandre Annenberg. "Não esperem que a TV por assinatura resolva o problema da banda larga no Brasil ", provocou.

Um pouco antes, o diretor de banda larga do Ministério das Comunicações, Arthur Coimbra, havia exposto dados para mostrar que o desenvolvimento do mercado de cabo pode trazer mais 4,4 milhões de acessos banda larga ao País.

Segundo Alexandre Annenberg, é preciso que se olhe exemplos como o da Coréia do Sul, em que a demanda do governo por redes que pudessem dar suporte a aplicações de serviços públicos é que impulsionou o mercado de banda larga.

Para Annenberg, a TV por assinatura sozinha não é capaz de financiar a construção de rede de banda larga em regiões sem atratividade econômica. É preciso que o Estado crie um mercado para esses investimentos.

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