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Supercomputador da IBM identifica substâncias para conter coronavírus

As descobertas foram relatadas em estudo que serve de norte para pesquisadores criarem tratamentos para a Covid-19

Summit: o supercomputador da IBM foi usado para encontrar forma de frear avanço da pandemia do novo coronavírus (Carlos Jones/ORNL/Wikimedia Commons)

Summit: o supercomputador da IBM foi usado para encontrar forma de frear avanço da pandemia do novo coronavírus (Carlos Jones/ORNL/Wikimedia Commons)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 19 de março de 2020 às 21h16.

Última atualização em 19 de março de 2020 às 21h21.

O supercomputador Summit, da IBM, identificou 77 substâncias químicas que podem ser usadas para conter o avanço do contágio do novo coronavírus no mundo. Os pesquisadores do Laboratório Nacional Oak Ridge National publicaram os resultados no periódico científico ChemRxiv.

Um supercomputador pode fazer operações que um computador comum simplesmente não consegue. O Summit foi o primeiro do mundo a atingir velocidade de exaop, ou seja, um quintilhão de operações por segundo. Em uma análise genômica, ele já atingiu velocidade de 1,88 exaop.

Com isso, a máquina pode realizar uma série de cálculos para identificar potenciais tratamentos para frear o avanço da Covid-19. Mas, em média, ele realiza 200 quadrilhões de cálculos por segundo, o que é 1 milhão de vezes mais do que um notebook comum.

Após analisar mais de 8 mil substâncias, o supercomputador encontrou algumas que conseguem se ligar ao pico de material genético que o vírus libera no organismo, desse modo, contendo o contágio.

Com a identificação de substâncias, o Summit deixa a ciência global mais perto da criação de uma vacina contra o novo coronavírus.

Os pesquisadors agora irão executar simulações novamente com um modelo do vírus mais preciso para confirmar a eficácia dos resultados encontrados neste primeiro estudo.

"Os resultados que obtivemos não significam que encontramos uma cura ou um tratamento para novo coronavírus", afirma Jeremy Smith, diretor de Universidade do Tennessee e do Centro de Biofísica Molecular do Laboratório Nacional de Oak Ridge.

A proposta das operações realizadas no Summit é fornecer um norte para as pesquisas científicas que podem levar à criação de tratamentos, vacina ou mesmo cura para o novo coronavírus.

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Foto: Wikimedia Commons/Flickr/Carlos Jones/ORNL 

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