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Software bom, de graça

As pessoas estão sempre reclamando dos preços da Microsoft. Por que não usar um shareware?

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.

O shareware serve a diversas finalidades. Ele pode ser um grande software para emergências. Pode ser um programa baratinho para uma reposição. Ou ajudar a economizar um dinheiro no orçamento de um usuário ou de uma empresa. Com o cenário da computação se animando, as pessoas começam a pensar em gastar mais dinheiro com hardware e software. Como poucos têm recursos para as duas coisas, as pessoas tendem a comprar primeiro o hardware, usar o software antigo e eventualmente fazer um upgrade. Uma das coisas que é preciso levar em consideração na hora de fazer um upgrade no software - e que é quase sempre ignorada - são os programas shareware bem baratinhos (e de graça) que permitem fazer isso sem grandes despesas.

Freqüentemente, as pessoas reclamam da Microsoft e do alto preço do software. Mesmo sabendo que a companhia tem uma margem de lucro altíssima - e embolsa cerca de 1 bilhão de dólares por mês em lucros -, elas pagam o preço. Às vezes, compram uma cópia do software clandestinamente - leia-se pirateiam. A pirataria provavelmente só vai deixar de existir quando forem implementados os novos recursos da Microsoft para evitar que os usuários copiem seu software e passem as cópias adiante. O que eles normalmente ignoram é que a Microsoft não é a única alternativa.

Uma solução bem melhor é examinar as versões freeware e shareware dos softwares que você precisa. Anos atrás era difícil encontrar clones aceitáveis do Microsoft Word, mas hoje o produto está no mercado há tanto tempo que foi esquadrinhado e entendido por completo. Os vários clones do processador de textos Word certamente servem para a maior parte dos usuários e para muitas empresas também. Vários deles estão disponíveis em diversas línguas e alguns até fornecem um código-fonte que pode ser facilmente modificado. Vamos ver agora o que está realmente disponível.

Comece dando uma olhada no AbiWord (www.uol.com.br/info/ aberto/download/1773.shl). Esse sistema tem suporte à língua portuguesa, e seu código-fonte pode ser modificado. O AbiWord é gratuito e já ganhou vários prêmios. Também vale a pena analisar o processador de textos Jarte (www.uol.com.br/info/ aberto/download/2121.shl). É como um WordPad e tem aparecido bastante nos sites que distribuem software de graça. Como muitos dos pacotes de shareware, há uma versão gratuita e uma paga, com alguns recursos adicionais. Um pacote de escritório que deve ser considerado é o 602 (www.uol.com. br/info/aberto/download/1131.shl). Essa suíte tem processador de textos compatível com o Word, planilha de textos compatível com o Excel e um editor de fotos. É gratuita para os usuários domésticos. Um escritório inteiro pode conseguir uma licença por 199 dólares.

O que o 602 fica devendo é um programa compatível com o PowerPoint. Na verdade, existe uma certa escassez de produtos de apresentação, e a Microsoft acaba dominando a cena. Isso nos leva ao ThinkFree Office, da ThinkFree (www. uol.com.br/info/aberto/download/ 1194.shl). A suíte, desenvolvida em Java, inclui produtos compatíveis com Word, Excel e PowerPoint. Infelizmente, não é gratuita.

Outro clone do PowerPoint a se considerar vem com o muitas vezes difamado StarOffice (www.uol.com. br/info/aberto/download/642.shl), da Sun. Esse produto também tem uma versão em português - o de Portugal. De poucos em poucos meses, você tem de checar a última versão disponível do sistema até que eles coloquem as coisas no lugar. O feedback dos usuários indica que o esforço que está sendo colocado nesse sistema gratuito começa a vingar e o StarOffice deve ser considerado. Dá para comprar no site da Sun um CD por cerca de 40 dólares, que pode ser enviado para qualquer parte do mundo. Ou ainda fazer o download do pacote gratuitamente (uma opção só recomendada para quem tem conexão de alta velocidade).

O ponto é que realmente existem várias alternativas viáveis ao Microsoft Office e boa parte dos recursos do pacote já foi duplicada. Embora ainda seja difícil dizer o quanto essas alternativas afetam desfavoravelmente a Microsoft (com 1 bilhão de dólares por mês, suponho: não muito), deve haver um monte de usuários com verbas apertadas migrando para esses sistemas. Provavelmente, a Microsoft está muito mais preocupada com o Linux e com seu lento mas poderoso impacto nos negócios de sistemas operacionais. A IBM é uma grande defensora do Linux e isso não deve estar deixando a Microsoft nada feliz. Nos Estados Unidos, a IBM promove o Linuxaté na tevê. Várias companhias estão tentando tornar o Windows compatível com sistemas Linux para que os usuários possam rodarseus programas Windows em máquinas Linux. Muitos experts dizem que isso nunca funcionará bem, se realmente funcionar. Mas, ao mesmo tempo, o apelo de um sistema operacional baratinho ou até gratuito rodando aplicações também gratuitas atrai um monte de gente - especialmente aqueles que estão tentando vender hardware. Isso significa que há uma grande pressão no movimento de código aberto para cumprir essas promessas.

Agora, vamos mudar de assunto. Outro tema quente nos Estados Unidos é a conclusão do IEEE 802.16 - o padrão de Wireless Metropolitan Area Networking. Nos Estados Unidos, passamos pelo uso de banda larga em vários esquemas DSL, cable modem e wireless fixo. Eu estou usando um sistema wireless fixo com linha de visada (line-of-sight) ponto-a-ponto, desde que os dois serviços DSL que eu assinei simplesmente foram à falência. Os esquemas mais novos incluem o 802.16 e várias versões de wireless fixo que não requerem uma conexão de linha de visada. Por enquanto, as poucas companhias americanas a emular são a Iospan Wireless, Evertek e NextNet. Em breve, esse deverá ser o assunto quente da década.

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