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Risco de dengue cresce por mudanças no clima e urbanização

Grandes partes da Europa, do oeste e do centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos de dengue devido a mudanças climáticas e urbanização

Mosquito da dengue: à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul (James Gathany/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 08h44.

Londres - Grandes partes da Europa, do oeste e do centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos de dengue devido a mudanças climáticas e maior urbanização, de acordo com os primeiros mapas da vulnerabilidade à doença divulgados nesta terça-feira.

Pesquisa da Universidade das Nações Unidas descobriu que a dengue, transmitida pela picada de mosquitos e que pode levar à morte, está se movimentando, e os mapas que indicam as áreas vulneráveis são uma ferramenta para ajudar a prevenir surtos.

"Mudanças no clima podem resultar num aumento da exposição e representar uma ameaça grave a áreas que não sofrem com a dengue endêmica no momento”, disse o relatório.

Os pesquisadores afirmaram que, à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul, áreas hoje muito frias para abrigar os mosquitos durante o ano inteiro.

A previsão é que a doença também pode se espalhar nas regiões central e ocidental do continente africano, onde o saneamento básico e o serviço de saúde são insuficientes.

Os novos mapas ilustram a expansão e a contração da vulnerabilidade à dengue durante o ano, mostrando os locais críticos e onde o vírus pode se tornar perigoso. Assim, os países poderiam fazer o monitoramento.

"Vimos em relação ao Ebola que neste mundo globalizado em que vivemos doenças infecciosas podem viajar”, disse Corinne Schuster-Wallace, pesquisadora da Universidade das Nações Unidas, à Thomson Reuters Foundation, por telefone, do Canadá.

"As condições dessas doenças são dinâmicas, e, uma vez que estamos mudando o nosso padrão social e ambiental, a distribuição global de doenças como a dengue vai mudar.” Embora os mapas não tenham sido feitos para prevenir surtos, ela disse que se os mosquitos e o vírus chegam em áreas vulneráveis, a dengue pode se tornar endêmica nesse lugar.

Não há vacina para a dengue, doença que mata um número estimado de 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, alguns especialistas afirmam que o número de pessoas infectadas por ano pode ser mais de três vezes a estimativa da OMS.

O atual método para combater a dengue é a fumigação dos locais de reprodução dos mosquitos.

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Londres - Grandes partes da Europa, do oeste e do centro da África e da América do Sul enfrentam a ameaça de surtos de dengue devido a mudanças climáticas e maior urbanização, de acordo com os primeiros mapas da vulnerabilidade à doença divulgados nesta terça-feira.

Pesquisa da Universidade das Nações Unidas descobriu que a dengue, transmitida pela picada de mosquitos e que pode levar à morte, está se movimentando, e os mapas que indicam as áreas vulneráveis são uma ferramenta para ajudar a prevenir surtos.

"Mudanças no clima podem resultar num aumento da exposição e representar uma ameaça grave a áreas que não sofrem com a dengue endêmica no momento”, disse o relatório.

Os pesquisadores afirmaram que, à medida que o planeta aquece, a dengue pode alcançar grandes porções da Europa e regiões montanhosas da América do Sul, áreas hoje muito frias para abrigar os mosquitos durante o ano inteiro.

A previsão é que a doença também pode se espalhar nas regiões central e ocidental do continente africano, onde o saneamento básico e o serviço de saúde são insuficientes.

Os novos mapas ilustram a expansão e a contração da vulnerabilidade à dengue durante o ano, mostrando os locais críticos e onde o vírus pode se tornar perigoso. Assim, os países poderiam fazer o monitoramento.

"Vimos em relação ao Ebola que neste mundo globalizado em que vivemos doenças infecciosas podem viajar”, disse Corinne Schuster-Wallace, pesquisadora da Universidade das Nações Unidas, à Thomson Reuters Foundation, por telefone, do Canadá.

"As condições dessas doenças são dinâmicas, e, uma vez que estamos mudando o nosso padrão social e ambiental, a distribuição global de doenças como a dengue vai mudar.” Embora os mapas não tenham sido feitos para prevenir surtos, ela disse que se os mosquitos e o vírus chegam em áreas vulneráveis, a dengue pode se tornar endêmica nesse lugar.

Não há vacina para a dengue, doença que mata um número estimado de 20 mil pessoas por ano e infecta até cem milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, alguns especialistas afirmam que o número de pessoas infectadas por ano pode ser mais de três vezes a estimativa da OMS.

O atual método para combater a dengue é a fumigação dos locais de reprodução dos mosquitos.

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