Produtor do tablet mais barato do mundo espera chegar a 3,5 mi unidades
O Aakash, que significa céu em sânscrito, é subvencionado pela administração indiana e inicialmente destinado a estudantes universitários pelo preço de US$ 22
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 08h54.
Nova Délhi - O indo-canadense Suneet Singh Tuli, presidente da companhia britânica Datawind, que fabrica na Índia os tablets mais baratos do mundo, disse já possuir 340 mil reservas do produto, mas ambiciona chegar a 3,5 milhões de unidades.
O Aakash, que significa céu em sânscrito, é subvencionado pela administração indiana e inicialmente destinado a estudantes universitários pelo preço de US$ 22. Mas o que Tuli tem em mente é uma revolução nas comunicações na Índia, com o produto ao preço de 2.276 rúpias (US$ 43) e a generalização do acesso à internet.
'Na Índia, o acesso ilimitado à internet custa US$ 2 ao mês, mas não estamos contentes com isso e achamos que pode ser de graça. Já fizemos isso no Reino Unido: demos acesso à internet durante a vida útil do aparelho, amortizando o custo com anúncios. O aparelho não é o único modo de obter lucro, é uma forma de chegar ao cliente' disse Tuli em entrevista à Agência Efe.
O empresário, uma espécie de Steve Jobs indiano, explica a fórmula para baratear os custos do tablet: os componentes foram comprados prontos e a empresa fabricou os módulos do produto. Além disso, ele diz ter aprendido com a forma de trabalhar da Aple.
'As pessoas pensam que a Apple é a companhia de tecnologia mais bem-sucedida do mundo porque faz produtos 'cool', mas na realidade é porque quando o iPhone é usado, a operadora telefônica tem que pagar uma pequena quantia para a Apple, ou por sua loja de aplicativos. O aparelho não é o único caminho para conseguir renda' diz.
O Aakash ainda não possui alto-falantes, e demora cinco segundos para abrir os programas, contra 1,5 segundos do iPad. Já sobre as páginas da internet, Tuli estima que os dois aparelhos terão desempenho semelhante, por causa da velocidade de conexão na Índia.
O presidente da Datawind destaca a visualização de vídeos no Aakash: 'Nossa qualidade de vídeo é bastante boa. Olhe como a Shakira dança o Waka Waka', relata com bom humor.
Além disso, o diferencial do tablet popular é que seus consumidores não sabem que a Aple é marca de referência, e não pagarão um valor extra por um iPad, de acordo com Tuli. A previsão é de que o Aakash saia ao mercado indiano em dezembro.
Na Índia, uma em cada quatro pessoas não sabe ler ou escrever, mas o empresário não desanima: 'A adaptação será rápida, graças às telas táteis. Quando meu filho ainda não sabia pegar um lápis já podia tocar a tela', explica.
Tuli também aposta no tablete como um instrumento de inclusão. Para ele, um motorista de triciclo terá a oportunidade de utilizar o Aakash para se comunicar e fazer negócios, assim como para o entretenimento.
O produto também deve ser expandido a outros mercados. Tuli prevê um preço inicial de 100 euros na Europa, com a capacidade equivalente a um tablet que atualmente custa 300 euros.
'Mas pensamos que o produto por si só tem um valor limitado. O que conta é a conexão à internet. Queremos uma internet tão barata que seja quase de graça. E o aparelho funciona bem, estamos ampliando sua capacidade e melhorando a tela' afirma.
De acordo com o empresário, 1500 reservas chegam a ele todos os dias de outras partes do mundo, o que ele vê como uma surpresa: 'se me perguntar se podia prever esta resposta, seria sincero: nem de brincadeira!'.
Nova Délhi - O indo-canadense Suneet Singh Tuli, presidente da companhia britânica Datawind, que fabrica na Índia os tablets mais baratos do mundo, disse já possuir 340 mil reservas do produto, mas ambiciona chegar a 3,5 milhões de unidades.
O Aakash, que significa céu em sânscrito, é subvencionado pela administração indiana e inicialmente destinado a estudantes universitários pelo preço de US$ 22. Mas o que Tuli tem em mente é uma revolução nas comunicações na Índia, com o produto ao preço de 2.276 rúpias (US$ 43) e a generalização do acesso à internet.
'Na Índia, o acesso ilimitado à internet custa US$ 2 ao mês, mas não estamos contentes com isso e achamos que pode ser de graça. Já fizemos isso no Reino Unido: demos acesso à internet durante a vida útil do aparelho, amortizando o custo com anúncios. O aparelho não é o único modo de obter lucro, é uma forma de chegar ao cliente' disse Tuli em entrevista à Agência Efe.
O empresário, uma espécie de Steve Jobs indiano, explica a fórmula para baratear os custos do tablet: os componentes foram comprados prontos e a empresa fabricou os módulos do produto. Além disso, ele diz ter aprendido com a forma de trabalhar da Aple.
'As pessoas pensam que a Apple é a companhia de tecnologia mais bem-sucedida do mundo porque faz produtos 'cool', mas na realidade é porque quando o iPhone é usado, a operadora telefônica tem que pagar uma pequena quantia para a Apple, ou por sua loja de aplicativos. O aparelho não é o único caminho para conseguir renda' diz.
O Aakash ainda não possui alto-falantes, e demora cinco segundos para abrir os programas, contra 1,5 segundos do iPad. Já sobre as páginas da internet, Tuli estima que os dois aparelhos terão desempenho semelhante, por causa da velocidade de conexão na Índia.
O presidente da Datawind destaca a visualização de vídeos no Aakash: 'Nossa qualidade de vídeo é bastante boa. Olhe como a Shakira dança o Waka Waka', relata com bom humor.
Além disso, o diferencial do tablet popular é que seus consumidores não sabem que a Aple é marca de referência, e não pagarão um valor extra por um iPad, de acordo com Tuli. A previsão é de que o Aakash saia ao mercado indiano em dezembro.
Na Índia, uma em cada quatro pessoas não sabe ler ou escrever, mas o empresário não desanima: 'A adaptação será rápida, graças às telas táteis. Quando meu filho ainda não sabia pegar um lápis já podia tocar a tela', explica.
Tuli também aposta no tablete como um instrumento de inclusão. Para ele, um motorista de triciclo terá a oportunidade de utilizar o Aakash para se comunicar e fazer negócios, assim como para o entretenimento.
O produto também deve ser expandido a outros mercados. Tuli prevê um preço inicial de 100 euros na Europa, com a capacidade equivalente a um tablet que atualmente custa 300 euros.
'Mas pensamos que o produto por si só tem um valor limitado. O que conta é a conexão à internet. Queremos uma internet tão barata que seja quase de graça. E o aparelho funciona bem, estamos ampliando sua capacidade e melhorando a tela' afirma.
De acordo com o empresário, 1500 reservas chegam a ele todos os dias de outras partes do mundo, o que ele vê como uma surpresa: 'se me perguntar se podia prever esta resposta, seria sincero: nem de brincadeira!'.