Presidente da Academia de Hollywood nega acusações de assédio sexual
Diretor de fotografia, John Bailey foi acusado de assédio por uma mulher
EFE
Publicado em 25 de março de 2018 às 12h01.
Última atualização em 26 de março de 2018 às 09h43.
Washington - O presidente da Academia de Hollywood, John Bailey, negou categoricamente as acusações de assédio sexual pelas quais a organização que dirige supostamente abriu uma investigação na semana passada, informou neste sábado a revista "Variety".
Em uma nota dirigida ao pessoal da Academia, Bailey desmentiu as denúncias que pesam sobre ele e afirmou que nunca se comportou de maneira inadequada com mulheres.
"É dito que tentei tocar uma mulher inapropriadamente enquanto ambos estávamos em uma caminhonete num estúdio cinematográfico. Isso não aconteceu", escreveu Bailey no comunicado dirigido aos trabalhadores da Academia, que organiza a cada ano o Oscar.
Bailey, que tem 75 anos e é diretor de fotografia, foi eleito presidente da Academia de Hollywood em 8 de agosto do ano passado e sucedeu no cargo Cheryl Boone Isaacs.
"As notícias dos veículos de imprensa que descrevem múltiplas queixas feitas à Academia sobre mim são falsas e só serviram para manchar minha carreira de 50 anos", acrescentou Bailey em sua nota.
Segundo adiantou a revista "The Hollywood Reporter", o secretário da Academia, David Rubin, está à frente de uma subcomissão que investiga as acusações contra Bailey.
Devido aos vários escândalos sexuais revelados recentemente em Hollywood e que impulsionaram os movimentos "Me Too" ("Eu também") e "Time's Up" (Tempo esgotado), a Academia decidiu em outubro do ano passado expulsar Harvey Weinstein, o poderoso produtor cinematográfico que é acusado de abuso sexual por dezenas de mulheres.
Além disso, a Academia adotou em janeiro deste ano um novo código de conduta sobre o assédio e os comportamentos inadequados no local de trabalho.
A trajetória de John Bailey como diretor de fotografia inclui, entre outros, filmes como "Gente Como a Gente" (1980), "Feitiço do Tempo" (1993) e "Melhor É Impossível" (1997).