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Pesquisadores querem testar 'visão' de inteligência artificial com imagens

Máquinas teriam que determinar elementos de uma determinada imagem

Terminator (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 14h27.

O teste de Turing testa a capacidade de uma máquina exibir comportamento inteligente equivalente ou indistinguível a um ser humano. Geralmente uma pessoa e uma máquina respondem perguntas a uma terceira pessoa, e esta última precisa descobrir de quem são as respostas. Agora, pesquisadores querem fazer o mesmo teste com imagens.

No estudo, publicado no começo deste mês pela Academia Nacional de Ciência dos EUA, eles propõem que designers humanos desenvolvam uma lista de certos atributos que uma imagem pode ter. Por exemplo, no caso de uma foto de determinada rua, é preciso descrever se há pessoas nela, se estão carregando alguma coisa ou falando umas com as outras.

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Primeiramente as fotos seriam avaliadas por seres humanos sobre estes critérios e, em seguida, a mesma imagem seria mostrada a um sistema de visão computacional sem as "respostas".  Seria determinado, então, se a máquina foi capaz de escolher o mesmo que os seres humanos.

No começo, as questões seriam simples, como se existe uma pessoa em determinada região da imagem, por exemplo, como nota o IEEE. Mas as perguntas cresceriam em complexidade conforme os programas fossem se tornando mais sofisticados. Uma questão mais complicada poderia envolver a natureza de uma interação entre pessoas diferentes na imagem.

Stuart Geman, professor de matemática aplicada na Universidade de Brown e coautor do estudo junto a outros três pesquisadores, disse ao IEE que, por causa das limitações dos conjuntos de dados atuais, os pesquisadores da visão computadorizada têm "ensinado para o teste", criando sistemas que tentam simplesmente detectar ou não se há um gato em uma fotografia, por exemplo.

Geman também afirmou que nenhum dos sistemas de aprendizagem profunda utilizados atualmente seria capaz de passar nas versões ainda iniciais do teste proposto por ele e seus colegas.

Gary Marcus, pesquisador da Universidade de Nova York que está coordenando as sessões das Conferências Internacionais Conjuntas de Inteligência Artificial que acontecerão em julho na Argentina, diz que, embora nenhum teste possa determinar tudo sobre a inteligência, a abordagem de Geman e de outros é "um passo muito bom e dócil na direção certa", em um campo que "precisa desesperadamente de um forte conjunto de novos desafios que levem a sistemas mais sofisticados".

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