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Pesquisadoras suecas criam capacete invisível

Chamado de “Hövding, o capacete invisível”, ele funciona com um sistema de air bag embutido

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2013 às 15h38.

São Paulo - O capacete para ciclistas entrará em extinção. Pelo menos é esse o desejo das designers suecas Anna Haupt e Terese Alstin. Elas criaram um colar capaz de manter a cabeça do ciclista segura.

Chamado de “Hövding, o capacete invisível”, ele funciona com um sistema de air bag embutido. O mecanismo garante a proteção do ciclista sem interferir demais na aparência do usuário ou ocupar muito espaço. Mas ele só pode ser acionado uma vez.

Em entrevista a INFO, Terese Alstin conta sobre o processo de criação do capacete e explica melhor como o Hövding funciona.

Como vocês tiveram a ideia de criar o capacete?

Tudo começou em 2005, quando eu e trabalhava na minha tese de mestrado com minha amiga Anna Haupt, que fundou a startup ao meu lado. Naquela época, foi criada uma lei na Suécia que tornava obrigatório o uso de capacetes em pessoas com até quinze anos.

Houve uma polêmica porque a maioria das pessoas achava que a lei deveria ser estendida para pessoas de todas as idades. Diante desse cenário, vimos que haveria uma boa demanda para capacetes.

Por que um capacete invisível?

Não queríamos criar modelos iguais aos que já existiam. Então, fizemos uma intensa pesquisa de mercado. Muitas pessoas queriam capacetes que fossem discretos, que combinassem com as roupas e que não desmanchassem o penteado. Um dos entrevistados disse que só usaria um capacete se ele fosse invisível. Então, tivemos a ideia de criar algo que não fosse visível para a maioria, mas que protegesse o ciclista em algum acidente, como os air bags em carros.

Como ele funciona?

Basicamente, ele é um colar com um zíper que fecha até o queixo. Há também um botão para ligar os sensores quando for pedalar. Ele indica que o equipamento está ligado com um sinal sonoro e uma luz de LED. Dentro do colar há sensores que analisam os movimentos corporais enquanto está ativado. Quando há um movimento brusco, o sensor percebe os movimentos anormais do corpo.

Então, o air bag do colar incha e protege a cabeça do impacto. A inflação é rápida, em um décimo de segundo, e a cabeça fica protegida durante todo o acidente.


Quais são os riscos do capacete não funcionar?

Trabalhamos para fazê-lo funcionar perfeitamente por quase oito anos. Ele passou por muitas mudanças técnicas e tivemos muitos desafios técnicos. Mas agora temos um produto em ótimas condições e pronto para ir para o mercado europeu.

Ele tem certificado de segurança?

Produtos de segurança aqui na Europa passam por intensos testes e nós fizemos todos eles. Testamos o capacete em impactos contra carros, em diversos cenários e maneiras antes de comercializá-lo. É um produto seguro que sempre vai funcionar. Ele nunca será perigoso ou colocará o ciclista em risco.

Existem quedas não tão sérias que podem ser perigosas ao ciclista. O air bag do capacete abrirá em uma situação como essa?

Os acidentes são muito diferentes entre si. Mas consideramos que a cabeça não está em perigo em acidentes não tão graves. Nesse caso, o capacete provavelmente não vai abrir o air bag. Ele só é acionado quando há risco grave de lesão na área craniana.

Ele já é comercializado?

Sim, ele já está à venda na Suíça por 499 euros. Queremos expandir a venda para vários países europeus, como Bélgica e Luxemburgo. Começamos devagar e expandiremos dentro do mercado europeu o mais rápido possível. Em breve também chegaremos ao Brasil.

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São Paulo - O capacete para ciclistas entrará em extinção. Pelo menos é esse o desejo das designers suecas Anna Haupt e Terese Alstin. Elas criaram um colar capaz de manter a cabeça do ciclista segura.

Chamado de “Hövding, o capacete invisível”, ele funciona com um sistema de air bag embutido. O mecanismo garante a proteção do ciclista sem interferir demais na aparência do usuário ou ocupar muito espaço. Mas ele só pode ser acionado uma vez.

Em entrevista a INFO, Terese Alstin conta sobre o processo de criação do capacete e explica melhor como o Hövding funciona.

Como vocês tiveram a ideia de criar o capacete?

Tudo começou em 2005, quando eu e trabalhava na minha tese de mestrado com minha amiga Anna Haupt, que fundou a startup ao meu lado. Naquela época, foi criada uma lei na Suécia que tornava obrigatório o uso de capacetes em pessoas com até quinze anos.

Houve uma polêmica porque a maioria das pessoas achava que a lei deveria ser estendida para pessoas de todas as idades. Diante desse cenário, vimos que haveria uma boa demanda para capacetes.

Por que um capacete invisível?

Não queríamos criar modelos iguais aos que já existiam. Então, fizemos uma intensa pesquisa de mercado. Muitas pessoas queriam capacetes que fossem discretos, que combinassem com as roupas e que não desmanchassem o penteado. Um dos entrevistados disse que só usaria um capacete se ele fosse invisível. Então, tivemos a ideia de criar algo que não fosse visível para a maioria, mas que protegesse o ciclista em algum acidente, como os air bags em carros.

Como ele funciona?

Basicamente, ele é um colar com um zíper que fecha até o queixo. Há também um botão para ligar os sensores quando for pedalar. Ele indica que o equipamento está ligado com um sinal sonoro e uma luz de LED. Dentro do colar há sensores que analisam os movimentos corporais enquanto está ativado. Quando há um movimento brusco, o sensor percebe os movimentos anormais do corpo.

Então, o air bag do colar incha e protege a cabeça do impacto. A inflação é rápida, em um décimo de segundo, e a cabeça fica protegida durante todo o acidente.


Quais são os riscos do capacete não funcionar?

Trabalhamos para fazê-lo funcionar perfeitamente por quase oito anos. Ele passou por muitas mudanças técnicas e tivemos muitos desafios técnicos. Mas agora temos um produto em ótimas condições e pronto para ir para o mercado europeu.

Ele tem certificado de segurança?

Produtos de segurança aqui na Europa passam por intensos testes e nós fizemos todos eles. Testamos o capacete em impactos contra carros, em diversos cenários e maneiras antes de comercializá-lo. É um produto seguro que sempre vai funcionar. Ele nunca será perigoso ou colocará o ciclista em risco.

Existem quedas não tão sérias que podem ser perigosas ao ciclista. O air bag do capacete abrirá em uma situação como essa?

Os acidentes são muito diferentes entre si. Mas consideramos que a cabeça não está em perigo em acidentes não tão graves. Nesse caso, o capacete provavelmente não vai abrir o air bag. Ele só é acionado quando há risco grave de lesão na área craniana.

Ele já é comercializado?

Sim, ele já está à venda na Suíça por 499 euros. Queremos expandir a venda para vários países europeus, como Bélgica e Luxemburgo. Começamos devagar e expandiremos dentro do mercado europeu o mais rápido possível. Em breve também chegaremos ao Brasil.

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