Pai de Edward Snowden o aconselha a ficar na Rússia
Moscou - O pai de Edward Snowden aconselhou seu filho a permanecer na Rússia, o país para o qual o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos...
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.
Moscou - O pai de Edward Snowden aconselhou seu filho a permanecer na Rússia, o país para o qual o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), buscado por espionagem, pediu asilo provisório.
"Penso que a Rússia tem a intenção firme e a possibilidade de proteger meu filho. Em seu lugar, ficaria na Rússia", disse Lon Snowden em uma entrevista divulgada pela rede de televisão russa Rossia 24.
Edward Snowden é exigido pela justiça americana, que o acusa de espionagem por ter revelado a existência de um sistema americano de vigilância mundial das comunicações telefônicas e por internet.
"Ed, está tudo bem em casa. Te amamos e espero que nos vejamos em breve. Mas antes de tudo quero que você esteja em segurança", disse Snowden.
"Se eu fosse ele, estaria agradecido pelas ofertas de Venezuela, Equador e Bolívia, mas já vimos o que aconteceu com o avião do presidente Evo Morales", disse o pai de Snowden.
Edward Snowden está bloqueado desde 23 de junho na zona de trânsito do aeroporto de Moscou Cheremtievo e pediu asilo temporário à Rússia.
O chefe dos serviços de migração russos, Konstantin Romodanovski, disse que não havia nada de novo em relação ao pedido de Snowden.
Por sua vez, o conselheiro da presidência russa encarregado dos Direitos Humanos, Mikhail Fedotov, disse que a Rússia estava em uma situação "pouco invejável".
"Não podemos extraditar alguém que pediu a proteção de nosso Estado. Mas, por outro lado, não queremos arruinar nossas relações com os Estados Unidos, um sócio em vários assuntos internacionais", disse.
"Na saga Snowden a Rússia é uma vítima. Para nós não tem nenhum interesse", destacou Fedotov.
À espera de obter o asilo temporário, Snowden leu 'Crime e Castigo', de Fiódor Dostoyevski, e pediu a obra completa em 18 volumes do historiador russo Nikolai Karamzin, especializado no século XIX, disse seu advogado Anatoli Kucherena.