Facebook: documento foi divulgado nesta terça-feira (Shana Novak/Getty Images)
AFP
Publicado em 18 de dezembro de 2019 às 08h42.
Última atualização em 20 de dezembro de 2019 às 10h52.
O Facebook admitiu que monitora os usuários de seu aplicativo no celular, mesmo com a função de geolocalização desativada, por razões de segurança, mas também com objetivos publicitários.
"Inclusive sem a ativação dos serviços de localização, o Facebook ainda pode saber onde o usuário está com base em informações que ele e outros fornecem através de suas atividades e conexões com nossos serviços", revela a rede social em carta de 12 de dezembro enviada ao senador democrata Chris Coons e ao republicano Josh Hawley, do Congresso dos EUA. O documento foi divulgado nesta terça-feira no Twitter de uma jornalista do jornal americano The Hill.
Hawley retuitou a publicação da jornalista e escreveu: "Facebook admite. Você apaga os serviços de localização mas eles sabem onde você está para ganhar dinheiro". "Não há como escapar. Não há controle sobre sua informação pessoal. Isto é a Grande Tecnologia. É por este motivo que o Congresso precisa agir".
O Facebook obtém dados pessoais de todos os tipos sobre mais de 2 bilhões de usuários frequentes em ao menos uma das plataformas do grupo: Instagram, Messenger, WhatsApp ou Facebook.
Os dados são a base do seu modelo de negócios, a publicidade, que se sustenta com o faturamento com anúncios ultra-segmentados em grande escala.
Vale notar que os aplicativos podem ter a localização ativada "durante o uso" ou "sempre" em iPhones e em smartphones com sistema operacional Android 10. Se desligada a localização, as empresas donas de aplicativos, como o Facebook, não podem monitorar os usuários.