Novo data center da Telefônica oferece serviços na nuvem
Apesar de estar entrando somente agora nesse mercado, Teixeira assegura que a Telefônica não está em desvantagem
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2013 às 17h04.
Inaugurado em setembro do ano passado com investimentos de R$ 400 milhões, o data center da Telefônica / Vivo em Tamboré, região metropolitana de São Paulo, é considerado o mais moderno do grupo espanhol e está começando a usar mais de sua capacidade agora.
A operadora lançou nesta quinta-feira, 27, sua oferta de serviços de nuvem utilizando essa estrutura, o Vivo Cloud Plus, apresentando o site a 16 empresas, entre clientes e prospectos, com foco nos médios e grandes negócios. O principal argumento para convencer esses clientes: a união da infraestrutura de telecomunicações com as ferramentas de TI.
"Estamos associando nosso conhecimento de telecom com empresas de TI para oferecer uma solução robusta e diferenciada", afirmou o diretor geral da Telefônica, Paulo César Teixeira. A empresa acredita que há oportunidade em um mercado que tem sido capitaneado por companhias de outros setores, focados em TI.
"É uma aposta forte do grupo, no nível de plano estratégico, no sentido de que o Brasil tenha participação importante nas receitas do grupo também com esse segmento", destaca, apesar de não abrir os números ou a porcentagem na receita geral.
Apesar de estar entrando somente agora nesse mercado, Teixeira assegura que a Telefônica não está em desvantagem. "Não acredito que estamos entrando atrasados, é uma solução que veio crescendo e agora está em um momento positivo", disse em conversa com jornalistas em Tamboré.
"Para o mercado brasileiro, estamos entrando na hora certa, ainda é um setor pouco explorado. Estamos acostumados com competição", garante. Segundo ele, o fato de ser um data center nacional e de ter uma presença forte no mercado corporativo móvel e fixo já credencia a oferta de nuvem com "qualificação distinta".
Mas outras teles estão de olho nesse mercado também, como a Embratel, que se aproveita não apenas de um data center próprio, mas da infraestrutura de rede da América Móvil e suas controladas no Brasil e na América Latina. Segundo o executivo, isso não chega a preocupar. "Cabe todo mundo nesse trem, nenhum negócio pode prescindir de telecom e TI", insiste Teixeira.
Ampliação
O diretor de negócios empresa nacional da Telefônica/Vivo, Sílvio Antunes, afirma ainda que mesmo empresas grandes como bancos e varejistas construindo seus próprios data centers, será necessário um backup para a estrutura.
"Eles vão precisar de sites redundantes, vão precisar da gente pois têm que contratar redundância de alguém. Ótimo que os bancos, que o Serpro construa, mas vamos oferecer o backup, o disaster recovery. Esse data center ainda tem previsão de crescimento", declara. A concorrência também não o assusta. "A gente gosta de entrar em ambientes hostis. Fomos a última (das operadoras) a entrar no GSM e isso não impactou nossa competitividade."
A plataforma Vivo Cloud Plus atua primeiro como infraestrutura como serviço (IaaS, na sigla em inglês), mas a empresa pretende seguir para software (SaaS). "Queremos chegar a todas as camadas, inclusive fazendo todo o outsourcing", diz Antunes. Outra vantagem, afirma, é que a operadora consegue entregar soluções de segurança ainda no nível de rede, como prevenção e contingência de ataques de negação de serviço (DDoS) apenas de tráfego indesejado.
Até pela escala, o foco principal está em médias e grandes empresas, mas depois, "de acordo com a demanda", haverá oferta de nuvem para pequenas companhias também. De qualquer forma, a estrutura do data center está ainda em expansão. A Telefônica está ampliando a capacidade ainda, com o primeiro bloco (chamado pela empresa de "datahaul") já pronto, mas prevendo no Capex o aumento já no próximo ano. Utilizar o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL-Redes) é uma possibilidade que a empresa considera. "Tudo que for possível pedir, vamos pedir, naturalmente. Claro que as empresas fornecedoras é que têm de adquirir, mas estamos estimulando isso", diz Paulo César Teixeira.
Casa de ferreiro
A capacidade do data center da Telefônica está diretamente ligada às próprias operações da empresa. Segundo o CIO da controladora espanhola, Phil Jordan, o processo de consolidação das operações fixas e móveis no Brasil ainda está em 40% devido a uma estrutura legada. Para avançar nisso, a ideia é aplicar virtualização, reduzindo a necessidade de infraestrutura física.
"Somos a operação que está mais avançada em consolidação, e não somos a que está há mais tempo em convergência. Apesar de estarmos entrando agora (nesse mercado), temos conhecimento, histórico e infra, temos condições para crescer muito rápido", diz Sílvio Antunes. Por sua vez, Paulo César Teixeira não soube dar maiores detalhes sobre o avanço dessa consolidação. "Sistematicamente, não é uma coisa que se consegue fazer da noite pro dia", justifica.
Inaugurado em setembro do ano passado com investimentos de R$ 400 milhões, o data center da Telefônica / Vivo em Tamboré, região metropolitana de São Paulo, é considerado o mais moderno do grupo espanhol e está começando a usar mais de sua capacidade agora.
A operadora lançou nesta quinta-feira, 27, sua oferta de serviços de nuvem utilizando essa estrutura, o Vivo Cloud Plus, apresentando o site a 16 empresas, entre clientes e prospectos, com foco nos médios e grandes negócios. O principal argumento para convencer esses clientes: a união da infraestrutura de telecomunicações com as ferramentas de TI.
"Estamos associando nosso conhecimento de telecom com empresas de TI para oferecer uma solução robusta e diferenciada", afirmou o diretor geral da Telefônica, Paulo César Teixeira. A empresa acredita que há oportunidade em um mercado que tem sido capitaneado por companhias de outros setores, focados em TI.
"É uma aposta forte do grupo, no nível de plano estratégico, no sentido de que o Brasil tenha participação importante nas receitas do grupo também com esse segmento", destaca, apesar de não abrir os números ou a porcentagem na receita geral.
Apesar de estar entrando somente agora nesse mercado, Teixeira assegura que a Telefônica não está em desvantagem. "Não acredito que estamos entrando atrasados, é uma solução que veio crescendo e agora está em um momento positivo", disse em conversa com jornalistas em Tamboré.
"Para o mercado brasileiro, estamos entrando na hora certa, ainda é um setor pouco explorado. Estamos acostumados com competição", garante. Segundo ele, o fato de ser um data center nacional e de ter uma presença forte no mercado corporativo móvel e fixo já credencia a oferta de nuvem com "qualificação distinta".
Mas outras teles estão de olho nesse mercado também, como a Embratel, que se aproveita não apenas de um data center próprio, mas da infraestrutura de rede da América Móvil e suas controladas no Brasil e na América Latina. Segundo o executivo, isso não chega a preocupar. "Cabe todo mundo nesse trem, nenhum negócio pode prescindir de telecom e TI", insiste Teixeira.
Ampliação
O diretor de negócios empresa nacional da Telefônica/Vivo, Sílvio Antunes, afirma ainda que mesmo empresas grandes como bancos e varejistas construindo seus próprios data centers, será necessário um backup para a estrutura.
"Eles vão precisar de sites redundantes, vão precisar da gente pois têm que contratar redundância de alguém. Ótimo que os bancos, que o Serpro construa, mas vamos oferecer o backup, o disaster recovery. Esse data center ainda tem previsão de crescimento", declara. A concorrência também não o assusta. "A gente gosta de entrar em ambientes hostis. Fomos a última (das operadoras) a entrar no GSM e isso não impactou nossa competitividade."
A plataforma Vivo Cloud Plus atua primeiro como infraestrutura como serviço (IaaS, na sigla em inglês), mas a empresa pretende seguir para software (SaaS). "Queremos chegar a todas as camadas, inclusive fazendo todo o outsourcing", diz Antunes. Outra vantagem, afirma, é que a operadora consegue entregar soluções de segurança ainda no nível de rede, como prevenção e contingência de ataques de negação de serviço (DDoS) apenas de tráfego indesejado.
Até pela escala, o foco principal está em médias e grandes empresas, mas depois, "de acordo com a demanda", haverá oferta de nuvem para pequenas companhias também. De qualquer forma, a estrutura do data center está ainda em expansão. A Telefônica está ampliando a capacidade ainda, com o primeiro bloco (chamado pela empresa de "datahaul") já pronto, mas prevendo no Capex o aumento já no próximo ano. Utilizar o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga (REPNBL-Redes) é uma possibilidade que a empresa considera. "Tudo que for possível pedir, vamos pedir, naturalmente. Claro que as empresas fornecedoras é que têm de adquirir, mas estamos estimulando isso", diz Paulo César Teixeira.
Casa de ferreiro
A capacidade do data center da Telefônica está diretamente ligada às próprias operações da empresa. Segundo o CIO da controladora espanhola, Phil Jordan, o processo de consolidação das operações fixas e móveis no Brasil ainda está em 40% devido a uma estrutura legada. Para avançar nisso, a ideia é aplicar virtualização, reduzindo a necessidade de infraestrutura física.
"Somos a operação que está mais avançada em consolidação, e não somos a que está há mais tempo em convergência. Apesar de estarmos entrando agora (nesse mercado), temos conhecimento, histórico e infra, temos condições para crescer muito rápido", diz Sílvio Antunes. Por sua vez, Paulo César Teixeira não soube dar maiores detalhes sobre o avanço dessa consolidação. "Sistematicamente, não é uma coisa que se consegue fazer da noite pro dia", justifica.