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Empresas de capital de risco voltam-se para a Índia

Investimentos de financistas americanos em companhias de alta tecnologia do país o aproximarão da China

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h24.

Após a China, a Índia é o novo emergente que está atraindo as companhias americanas de capital de risco. Ao contrário dos últimos anos, quando as venture capitals se limitaram a incentivar empresas estrangeiras e americanas de alta tecnologia a transferirem suas operações para a Índia, a fim de reduzir seus custos operacionais, agora os financistas estão investindo diretamente na criação e no apoio de empresas indianas.

Um exemplo é a californiana Norwest Venture Partners, que está prestes a investir 13,8 milhões de dólares na indiana Persistent Systems, uma empresa de softwares. No passado, segundo o americano The Wall Street Journal, o capital de risco dos Estados Unidos não se interessava pela Índia devido à sua pobre infra-estrutura tecnológica. Apenas 10% da população local possui telefones celulares. Os domicílios com computadores e acesso de banda larga à internet não chegam a um décimo do total.

Essa situação é expressa pela diferença entre os investimentos das venture capitals na China e na Índia. Nos últimos quatro anos, a primeira recebeu 1,98 bilhão de dólares, enquanto a última contou com cerca de 1 bilhão concentrados no outsourcing.

Mas essa diferença tende a cair por vários motivos. Ao contrário da China, que vive sob um regime autoritário centralizado pelo Partido Comunista, a Índia é uma democracia, o que reduz o risco de os investidores perderem dinheiro devido a instabilidades ou arbitrariedades políticas. Além disso, muitas empresas de alta tecnologia indianas são geridas por executivos competentes, que dispensam uma supervisão estreita de seu trabalho pelas venture capitals.

A Intel Capital, o braço de capital de risco da gigante do ramo de semicondutores, é outro exemplo de como a Índia vem atraindo dinheiro externo. Nesta semana, a empresa anunciou a constituição de um fundo de 250 milhões de dólares, destinado a investimentos em companhias do país que atuem em áreas como banda larga e tecnologias sem fio.

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