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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h38.
O vexame na contagem de votos na Flórida, na penúltima eleição presidencial americana em 2000, estimulou iniciativas de desenvolvimento de novos sistemas de votação. Não ajudou muito, como ficou evidente pelas longas filas e falta de equipamentos na eleição presidencial do ano passado em Ohio.
Segundo reportagem do diário americano The Wall Street Journal, algumas companhias menores estão apostando de que podem evitar os percalços das eleições americanas com sistemas de votação por telefone. O estado de Vermont vai testar um sistema da IVS em 2006, ao custo de 635 000 dólares, limitando-o a pessoas que não têm capacidade de marcar suas próprias cédulas por alguma deficiência física. A princípio, o sistema será instalado apenas em locais de votação, mas há planos de expansão para domicílios e militares em bases no exterior.
A ampliação do alcance desses sistemas pode, diz o Wall Street, estimular a participação nas eleições (o voto é facultativo nos Estados Unidos), mas causa apreensão quanto à possibilidade de fraudes. "Como verificar que o cidadão do outro lado da linha é quem diz ser?", diz Paul Gronke, cientista político especializado em sistemas de votação não tradicionais.
Outra fabricante de sistemas de votação, a PhonElect verifica identidade do votante pelo número da carteira de habilitação e por perguntas aleatórias sobre a pessoa. O sistema grava a voz para posterior verificação, mas em demonstrações recentes foi considerado lento demais. A Advanced Voting Solutions Inc. trabalha em um sistema que usa biometria, comparando a voz do eleitor com um arquivo de registros de voz dos cidadãos registrados para a eleição.