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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h37.
A Microsoft suspendeu as negociações que mantinha com grandes gravadoras, como a EMI, Warner Music, Universal e Sony BMG, por discordar dos royalties pedidos pelas empresas para selar um acordo de venda de músicas pela internet. A empresa de Bill Gates não havia anunciado, formalmente, a intenção de constituir um serviço desta natureza, mas muitos analistas esperavam que isto ocorresse em breve. O fim das conversas, contudo, adiará por um prazo indeterminado a entrada da Microsoft neste mercado.
Por muito tempo, a Microsoft empenhou-se menos em explorar esse filão que concorrentes como a Apple, que criou o iTunes Music Store, cujas canções são oferecidas por 99 centavos cada. Mas graças ao surgimento de aparelhos portáteis como o iPod, capazes de armazenar e reproduzir música baixadas da internet, muitos especialistas afirmam que o potencial dos serviços online aumentará nos próximos anos, segundo o americano The Wall Street Journal, alimentado o interesse da Microsoft.
Segundo fontes consultadas pelo jornal americano, as negociações eram conduzidas separadamente com cada gravadora. Os selos propunham royalties que representariam cerca de 6 a 8 dólares mensais por usuário. Os valores estariam muito próximos dos presentes em acordos semelhantes com os concorrentes da Microsoft.
No mercado de música digital, não é raro que os revendedores ofereçam os downloads por uma margem mínima de lucro ou até mesmo com prejuízo, obtendo receitas suplementares de negócios relacionados. O Yahoo, por exemplo, comercializa espaços publicitários em seus serviços de música, enquanto a Apple sempre reconheceu que a venda de iPods é muito mais rentável que o comércio de músicas. As gravadoras esperam que a Microsoft siga o mesmo modelo de negócios, compensando eventuais perdas com a venda de serviços e produtos correlatos.