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Minc defende ampliação de coleta seletiva de lixo no Rio

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, defende ampliação de coleta seletiva no estado do Rio de Janeiro

gari no rio (Sergio Fonseca/Flickr)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 07h12.

Rio de Janeiro - O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, avaliou na quinta-feira (5) que, apesar de o Rio de Janeiro ter acabado com os lixões, o estado precisa avançar no que diz respeito à coleta seletiva. A declaração foi feita durante a 1ª Conferência Municipal de Meio Ambiente da capital fluminense, que reuniu governantes, autoridades, empresários e membros da sociedade civil no Parque da Quinta da Boa vista, na zona norte da cidade.

No encontro, o secretário anunciou que os aterros sanitários de Itaboraí, São Gonçalo, Belford Roxo e Seropédica, na região metropolitana do Rio, terão estações de tratamento de chorume. Segundo Minc, a expectativa é que elas sejam construídas entre janeiro e março do ano que vem.

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Para o secretário, é preciso conscientizar a população sobre a necessidade de maior envolvimento na questão ambiental. "Todos os governantes são favoráveis à coleta seletiva. Então por que os nossos níveis de coleta seletiva são tão fracos? Em todo estado, menos de 3% do lixo são separados, no município estamos com menos de 2,5%. É preciso estimular as pessoas levando os agentes sanitários as suas casas para dar informações. Ao mesmo tempo, as companhias municipais têm que dar uma resposta para esse cidadão que separa o seu lixo, as cooperativas dos bairros têm que se articular para dar apoio a essas ações com espaços para atender a essa demanda", disse Minc.

A primeira conferência municipal teve como principal objetivo debater a ampliação da coleta seletiva, com a inclusão social de catadores de materiais recicláveis, além de discutir o problema do descarte de resíduos sólidos no Rio. Setenta e quatro cidades fluminenses já haviam promovido conferências para discutir assuntos na área de meio ambiente.

“Estamos apoiando os municípios fluminenses na implantação de programas de coleta seletiva que já chegaram a 60 cidades. Além disso, por meio do nosso Programa Catadores e Catadoras em Redes Solidárias, estamos apoiando a inclusão socioeconômica dessas pessoas em 41 municípios do estado do Rio de Janeiro. Somando essas duas iniciativas, nós vamos estimular a cadeia de reciclagem de resíduos sólidos no estado. Queremos alcançar a meta de chegar a 10% dos índices de reciclagem de lixo até o final de 2014”, ressaltou o secretário.

A conferência foi dividida nos seguintes temas de discussão: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental. Para o secretário municipal do Ambiente, Carlos Alberto Muniz, os avanços na área requerem a participação efetiva de todas os segmentos sociais.

"O lixo precisa entrar em uma escala produtiva, e retornar em forma de benefício para a sociedade. Esse trabalho só irá adiante quando todos os envolvidos nesse processo conseguirem entender esse pensamento. Não adianta discutir um modelo de vida mais sustentável e, na hora de pôr em prática, não ter o apoio de uma ou de outra parte."

Paralelamente à Conferência Municipal de Meio Ambiente, manifestantes fizeram um protesto na Quinta da Boa vista contra as remoções de moradores de várias comunidades do Rio de Janeiro, em especial das famílias que vivem no Horto, área do Jardim Botânico, na zona sul da cidade.

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