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Microsoft negocia compra de parte da America Online

Antigos rivais na disputa por assinantes de serviços de internet discada, empresas podem se unir para enfrentar o Google e o Yahoo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h41.

Demonstrando uma crescente preocupação com o Google, a Microsoft iniciou negociações com o grupo Time Warner para adquirir uma parcela significativa da America Online (AOL). As conversas estão concentradas sobre possíveis maneiras de a AOL trocar a ferramenta de buscas do Google pela da Microsoft, além de outras áreas em que a parceria seja viável. No ano passado, a AOL e o Google obtiveram um faturamento de 380 milhões de dólares, apenas com a exibição de anúncios ao lados dos resultados de buscas realizadas por assinantes da AOL.

Segundo o americano The Wall Street Journal, a discussão se estende também sobre como unir as forças de venda de publicidade online da AOL e do serviços de mensagens instantâneas da Microsoft, o MSN (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre a agonia dos negócios da AOL no Brasil).

Antigas concorrentes pelo mercado de assinantes de internet discada e pela oferta de browsers para navegação, a eventual parceria entre a AOL e a Microsoft mostra como o panorama das empresas pontocom está mudando. A geração de receitas com acesso discado está em declínio em todo o mundo, e as empresas começam a se concentrar no faturamento com publicidade online, um mercado liderado com folga pelo Google e pelo Yahoo.

Atualmente, os anúncios via internet são o segmento com maior velocidade de expansão na indústria de mídia, gerando um total de 7,4 bilhões de dólares no ano passado uma alta de 21,4%, de acordo com a consultoria TNS Media Intelligence. Ao adicionar os visitantes da AOL à sua base de usuários da ferramenta de busca, a Microsoft poderia aumentar em muito o número potencial de pessoas expostas à sua publicidade virtual.

As negociações também marcam uma forte mudança de posição da AOL. No ano passado, o presidente do conselho de administração da Time Warner, Richard Parsons, havia declarado que nenhuma fatia da empresa estava à venda e que seu compromisso era obter a maior parcela de mercado da internet que pudesse. Desde então, porém, a AOL tem disponibilizado cada vez mais serviços antes exclusivos para assinantes ao públicos em geral, com o objetivo de aumentar a visitação e elevar suas receitas com publicidade.

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