Meta: Big tech é responsável pelas plataformas Facebook e Instagram (Harun Ozalp/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 30 de novembro de 2023 às 17h54.
A Meta alertou nesta quinta-feira, 30, que há campanhas enganosas online provenientes da China que visam influenciar as eleições de 2024 nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo. Por isso, a empresa desativou este ano cinco redes desse tipo que buscavam interferências no exterior.
"Atores estrangeiros que representam uma ameaça estão tentando alcançar as pessoas por meio da internet antes das eleições do próximo ano, e devemos permanecer vigilantes", advertiu Ben Nimmo, chefe do departamento de inteligência contra ameaças globais da Meta - a gigante tecnológica dona do WhatsApp, Facebook e Instagram -, ao divulgar seu último relatório de segurança.
A companhia especificou que removeu 4.789 contas falsas do Facebook que faziam parte de uma campanha que publicava comentários sobre a política americana e sobre as relações bilaterais com a China.
As contas elogiavam a China, atacavam seus críticos e copiavam e colavam posts reais de políticos americanos para aumentar as divisões partidárias, de acordo com o relatório.
"À medida que as campanhas eleitorais se intensificam [nos Estados Unidos], esperamos que as operações de influência estrangeira tentem tirar proveito de debates autênticos em vez de criar conteúdo original", explicou Nimmo.
A Meta rastreou a origem das redes e determinou que estão sediadas na China, mas não atribuiu suas atividades ao governo do gigante asiático.
A equipe de segurança da empresa prevê que esses esforços para influenciar as eleições do próximo ano incluirão "vazamentos" falsos e se expandirão para outras redes sociais, blogs, fóruns de discussão, além de servirem de base para operações por meio da explosiva expansão da tecnologia de inteligência artificial (IA) generativa, como o ChatGPT.
De qualquer forma, a Meta considera que a fonte mais prolífica desse tipo de redes continua sendo a Rússia, com operações sediadas lá que buscam consolidar o apoio à sua invasão da Ucrânia e ao apoio dos países ocidentais a este país vizinho contra as tropas de Moscou.