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Mais de 4 bilhões de pessoas continuam sem acesso à internet

Mais de 4 bilhões de pessoas continuam sem acesso à internet no mundo, criando uma "exclusão digital", diz o Banco Mundial

Acesso à internet: 2 bilhões de indivíduos não têm acesso a esta ferramenta, cerca de 60% da população mundial (ISSOUF SANOGO/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 21h31.

Washington - Mais de 4 bilhões de pessoas continuam sem acesso à internet no mundo, criando uma "exclusão digital" que também se deve ao fato de que as novas tecnologias são mais aproveitadas nos países ricos, garantiu o Banco Mundial (BM) nesta quarta-feira.

A Índia tem o maior número de pessoas sem acesso à internet, com 1,1 bilhão, seguida da China (755 milhões) e Indonésia (213 milhões), segundo um relatório do organismo.

Ao todo, 4,2 bilhões de indivíduos não têm acesso a esta ferramenta, cerca de 60% da população mundial.

A exclusão é ainda mais impactante com relação à internet de banda larga, serviço do qual se beneficiam 1,1 bilhão de pessoas, que representam 15% da população do planeta.

"Devemos evitar criar uma nova classe socialmente marginalizada", alertou o economista chefe do BM, Kaushik Basu, citado no relatório sobre os "dividendos digitais".

Embora o BM tenha observado que os mais desfavorecidos também tenham se beneficiado da revolução tecnológica.

Em 20% dos lares mais pobres do planeta, cerca de 7 em cada 10 pessoas possuem um telefone celular, informa o relatório.

"De fato, estes lares têm mais possibilidades de ter acesso a aparelhos de telefone celular do que a banheiros ou água potável", ressaltou o presidente do BM, Jim Yong Kim.

Por outro lado, o número de internautas triplicou em dez anos, passando de 1 bilhão em 2005 para 3,2 bilhões no final de 2015.

Mas os benefícios econômicos da revolução digital são menores do que o esperado nos países de baixa renda, lamentou o Banco Mundial.

"Os efeitos da tecnologia na produtividade mundial, a melhoria das oportunidades para os pobres e a classe média (...) não estiveram à altura do esperado", informou o relatório.

Os novos empregos criados pela revolução tecnológica requerem "altas capacidades" e limitam as funções de rotina, o que "força muitos trabalhadores a rivalizar pelos empregos de baixa remuneração".

"Se quisermos que (a tecnologia digital) beneficie a todos e em todas as partes, é preciso reduzir a brecha digital que persiste, em particular em matéria de acesso à internet", afirmou o relatório.

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Washington - Mais de 4 bilhões de pessoas continuam sem acesso à internet no mundo, criando uma "exclusão digital" que também se deve ao fato de que as novas tecnologias são mais aproveitadas nos países ricos, garantiu o Banco Mundial (BM) nesta quarta-feira.

A Índia tem o maior número de pessoas sem acesso à internet, com 1,1 bilhão, seguida da China (755 milhões) e Indonésia (213 milhões), segundo um relatório do organismo.

Ao todo, 4,2 bilhões de indivíduos não têm acesso a esta ferramenta, cerca de 60% da população mundial.

A exclusão é ainda mais impactante com relação à internet de banda larga, serviço do qual se beneficiam 1,1 bilhão de pessoas, que representam 15% da população do planeta.

"Devemos evitar criar uma nova classe socialmente marginalizada", alertou o economista chefe do BM, Kaushik Basu, citado no relatório sobre os "dividendos digitais".

Embora o BM tenha observado que os mais desfavorecidos também tenham se beneficiado da revolução tecnológica.

Em 20% dos lares mais pobres do planeta, cerca de 7 em cada 10 pessoas possuem um telefone celular, informa o relatório.

"De fato, estes lares têm mais possibilidades de ter acesso a aparelhos de telefone celular do que a banheiros ou água potável", ressaltou o presidente do BM, Jim Yong Kim.

Por outro lado, o número de internautas triplicou em dez anos, passando de 1 bilhão em 2005 para 3,2 bilhões no final de 2015.

Mas os benefícios econômicos da revolução digital são menores do que o esperado nos países de baixa renda, lamentou o Banco Mundial.

"Os efeitos da tecnologia na produtividade mundial, a melhoria das oportunidades para os pobres e a classe média (...) não estiveram à altura do esperado", informou o relatório.

Os novos empregos criados pela revolução tecnológica requerem "altas capacidades" e limitam as funções de rotina, o que "força muitos trabalhadores a rivalizar pelos empregos de baixa remuneração".

"Se quisermos que (a tecnologia digital) beneficie a todos e em todas as partes, é preciso reduzir a brecha digital que persiste, em particular em matéria de acesso à internet", afirmou o relatório.

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