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Maior fabricante de semicondutores da China capta bilhões para seguir com a guerra dos chips

A YMTC supera metas de captação em meio a sanções e intensifica busca por autossuficiência em chips avançados

Flag of USA and China on a processor, CPU or GPU microchip on a motherboard. US companies have become the latest collateral damage in US - China tech war. US limits, restricts AI chips sales to China.
André Lopes

Repórter

Publicado em 3 de novembro de 2023 às 14h33.

Última atualização em 3 de novembro de 2023 às 14h44.

A Yangtze Memory Technologies Corp (YMTC), produtor líder da China em chips de memória Nand,mobilizou um volume significativo de capital em nova rodada de financiamento, superando as metas estabelecidas, segundo informações da Bloomberg. A cifra exata não foi divulgada, contudo, confirma-se que se trata de bilhões de dólares.

Com sede localizada em Wuhan,a YMTC é peça-chave no objetivo da China de alcançar a autossuficiência em semicondutores.No entanto,enfrentou nos últimos meses desafios significativos impostos por restrições comerciais dos Estados Unidos, que limitaram o acesso a tecnologias avançadas de fabricação de chips.

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A empresa, que recebeu uma injeção de capital no valor de US$ 7 bilhões em 2022, proveniente de acionistas como o China Integrated Circuit Industry Investment Fund, enfrentou alto consumo de recursos na aquisição de equipamentos alternativos e no desenvolvimento de novos componentes e ferramentas fundamentais para a fabricação de chips.

Este novo financiamento ocorre menos de um ano após o aumento de capital anterior, reflexo dos gastos elevados e da necessidade urgente de recursos. Com investidores locais em volume muito superior ao esperado, a China demonstra o interesse latente de se livrar do peso dos embargos americanos.

A história se repete

O oficialismo chinês compara a trajetória da YMTC à da Huawei, congregando a indústria de semicondutores do país para lidar com as pressões exercidas pelos EUA.

A expectativa é que a YMTC aumente as aquisições de equipamentos de fornecedores chineses, além de explorar alternativas em fornecedores japoneses, sul-coreanos e europeus que possam preencher lacunas não cobertas pelos chineses.

A empresa tem cooperado estreitamente com fabricantes locais de equipamentos capaz de criarem memórias para computadores, como Naura e Advanced Micro-Fabrication Equipment (AMEC).

E tal estratégia já surte resultados. Análises de Huatai Securities indicam que empresas chinesas conquistaram quase metade das licitações para fornecimento de equipamentos a fabricantes locais de chips básicos. O desafio para o futuro é resolver a questão nos chips avançados.

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