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Lojas da Apple no mundo todo ficam de luto após morte de Jobs

Na frente das lojas, fãs comparavam Jobs a Pasteur, xingavam o câncer e se comoviam com a morte de seu guru

O professor de administração Gary Hamel disse que decidiu ir à loja assim que soube da morte de Jobs. "Vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas", disse ele (Kevork Djansezian/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2011 às 10h28.

Cupertino - De Nova York à Austrália, fãs da tecnologia e dos computadores compareceram a lojas Apple do mundo todo para homenagear Steve Jobs, destacando o seu caráter visionário que transformou o cotidiano de milhões de pessoas.

Na sede da empresa que Jobs fundou em 1976 -- na Infinite Loop, 1, Cupertino, Califórnia --, bandeiras tremulavam a meio mastro, e muita gente se reuniu num gramado próximo após a morte de Jobs, na quarta-feira. Abalados, fãs da Apple deixavam flores, e um homem tocava gaita de fole.

"Na minha cabeça, não existe diferença entre ele e Pasteur", disse Chitra Abdolzadeh, que trabalha no setor da saúde em Cupertino, numa referência ao ilustre químico francês.

Ben Chess, de 29 anos, engenheiro em uma empresa de Internet e ex-estagiário da Apple, viajou depois do expediente de trabalho de São Francisco até o QG da Apple para deixar um ramo de flores. "É a coisa certa a fazer", disse.

Jobs, que morreu aos 56 anos vítima de um câncer pancreático, revolucionou a maneira como os usuários navegam na Internet ao lhes dar o iPod, o iPhone e o iPad. Ele havia deixado em agosto o comando da empresa, a maior do mundo no setor de tecnologia.

Os "geeks" chineses pareciam especialmente comovidos. "Vim aqui ver como eles vão operar no primeiro dia depois de perderem Steve Jobs", afirmou Jin Yi, de 27 anos, na maior loja da Apple na China, em Xangai, que abriu no mês passado.

"É uma pena o dia de hoje. Ele criou todos esses aparelhos que alteraram as percepções das pessoas sobre as máquinas. Mas não conseguiu testemunhar o último passo, pelo qual, por meio dos seus equipamentos, as vidas das pessoas poderão ser efetivamente unidas a essas máquinas." Em Hong Kong, Charanchee Chiu deixou um solitário girassol e uma rosa branca em frente a loja local da Apple.

"Estou triste. Acho que ele deveria ter vivido mais", afirmou Chiu, que disse ter enviado a Jobs mensagens aconselhando-o sobre saúde e a prática do tai-chi.

"Odeio o Câncer"

Na loja Apple do centro de São Francisco, as pessoas seguravam imagens de Jobs nas telas dos iPads, e grudavam cartões e bilhetes na vitrine, dizendo "Obrigado Steve" e "Odeio o câncer". No lado de fora havia velas e maçãs vermelhas.

Cory Moll, funcionária da loja, disse que Jobs era uma inspiração para ela. "Temos sorte por tê-lo tido enquanto o tivemos", afirmou Moll, segurando um iPad com uma citação em homenagem ao empresário.


"O que ele fez para nós como cultura ecoa de forma ímpar em cada pessoa. Mesmo que elas nunca usem um produto da Apple, o impacto que eles tiveram é abrangente demais." No outro lado do país, em Nova York, um memorial improvisado com folhetos exibindo imagens de Jobs foi montado em frente à loja 24 horas da Apple na Quinta Avenida. Transeuntes usavam seus iPhones para tirar fotos.

"Vamos sentir a sua falta, Steve, descanse em paz. Obrigado pela sua visão", dizia um folheto.

O professor de administração Gary Hamel disse que decidiu ir à loja assim que soube da morte de Jobs. "Vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas", disse ele, segurando um cabo que havia acabado de comprar por lá.

Em frente a uma loja da Apple no bairro do Soho, dois homens seguravam velas, buquês de flores e uma maçã. Por alguns instantes, deixaram um iPod Touch no chão.

Numa loja de Boston, o estudante Angelos Nicolaou disse que Jobs "nos inspirou a sermos rebeldes e desafiarmos o status quo. Espero que haja mais líderes como ele. Parece que o mundo está ficando carente deles." Em Sydney, na Austrália, o advogado George Raptis, que tinha cinco anos na primeira vez em que usou um computador Macintosh, foi até a loja envidraçada da Apple ao saber da notícia. "Ele mudou a fase da informática. Só haverá um Steve Jobs".

Algumas pessoas que passaram pelas lojas da Apple pensavam no futuro da empresa sem o seu co-fundador. Desde agosto, a Apple já está sob o comando do executivo-chefe Tim Cook.

"Eles tiveram muito tempo para preparar a transição", disse o empresário brasileiro Guilherme Ferraz, 44 anos, em frente a uma loja da Apple em Manhattan. "Tim Cook irá continuar o legado dele."

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Na sede da empresa que Jobs fundou em 1976 -- na Infinite Loop, 1, Cupertino, Califórnia --, bandeiras tremulavam a meio mastro, e muita gente se reuniu num gramado próximo após a morte de Jobs, na quarta-feira. Abalados, fãs da Apple deixavam flores, e um homem tocava gaita de fole.

"Na minha cabeça, não existe diferença entre ele e Pasteur", disse Chitra Abdolzadeh, que trabalha no setor da saúde em Cupertino, numa referência ao ilustre químico francês.

Ben Chess, de 29 anos, engenheiro em uma empresa de Internet e ex-estagiário da Apple, viajou depois do expediente de trabalho de São Francisco até o QG da Apple para deixar um ramo de flores. "É a coisa certa a fazer", disse.

Jobs, que morreu aos 56 anos vítima de um câncer pancreático, revolucionou a maneira como os usuários navegam na Internet ao lhes dar o iPod, o iPhone e o iPad. Ele havia deixado em agosto o comando da empresa, a maior do mundo no setor de tecnologia.

Os "geeks" chineses pareciam especialmente comovidos. "Vim aqui ver como eles vão operar no primeiro dia depois de perderem Steve Jobs", afirmou Jin Yi, de 27 anos, na maior loja da Apple na China, em Xangai, que abriu no mês passado.

"É uma pena o dia de hoje. Ele criou todos esses aparelhos que alteraram as percepções das pessoas sobre as máquinas. Mas não conseguiu testemunhar o último passo, pelo qual, por meio dos seus equipamentos, as vidas das pessoas poderão ser efetivamente unidas a essas máquinas." Em Hong Kong, Charanchee Chiu deixou um solitário girassol e uma rosa branca em frente a loja local da Apple.

"Estou triste. Acho que ele deveria ter vivido mais", afirmou Chiu, que disse ter enviado a Jobs mensagens aconselhando-o sobre saúde e a prática do tai-chi.

"Odeio o Câncer"

Na loja Apple do centro de São Francisco, as pessoas seguravam imagens de Jobs nas telas dos iPads, e grudavam cartões e bilhetes na vitrine, dizendo "Obrigado Steve" e "Odeio o câncer". No lado de fora havia velas e maçãs vermelhas.

Cory Moll, funcionária da loja, disse que Jobs era uma inspiração para ela. "Temos sorte por tê-lo tido enquanto o tivemos", afirmou Moll, segurando um iPad com uma citação em homenagem ao empresário.


"O que ele fez para nós como cultura ecoa de forma ímpar em cada pessoa. Mesmo que elas nunca usem um produto da Apple, o impacto que eles tiveram é abrangente demais." No outro lado do país, em Nova York, um memorial improvisado com folhetos exibindo imagens de Jobs foi montado em frente à loja 24 horas da Apple na Quinta Avenida. Transeuntes usavam seus iPhones para tirar fotos.

"Vamos sentir a sua falta, Steve, descanse em paz. Obrigado pela sua visão", dizia um folheto.

O professor de administração Gary Hamel disse que decidiu ir à loja assim que soube da morte de Jobs. "Vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas", disse ele, segurando um cabo que havia acabado de comprar por lá.

Em frente a uma loja da Apple no bairro do Soho, dois homens seguravam velas, buquês de flores e uma maçã. Por alguns instantes, deixaram um iPod Touch no chão.

Numa loja de Boston, o estudante Angelos Nicolaou disse que Jobs "nos inspirou a sermos rebeldes e desafiarmos o status quo. Espero que haja mais líderes como ele. Parece que o mundo está ficando carente deles." Em Sydney, na Austrália, o advogado George Raptis, que tinha cinco anos na primeira vez em que usou um computador Macintosh, foi até a loja envidraçada da Apple ao saber da notícia. "Ele mudou a fase da informática. Só haverá um Steve Jobs".

Algumas pessoas que passaram pelas lojas da Apple pensavam no futuro da empresa sem o seu co-fundador. Desde agosto, a Apple já está sob o comando do executivo-chefe Tim Cook.

"Eles tiveram muito tempo para preparar a transição", disse o empresário brasileiro Guilherme Ferraz, 44 anos, em frente a uma loja da Apple em Manhattan. "Tim Cook irá continuar o legado dele."

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