EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h44.
A australiana, Sharman Networks, detentora do software para troca de arquivos Kazaa, vai pagar à indústria fonográfica 100 milhões de euros para compensar as violações de direitos autorais provocadas pelo programa. Segundo o jornal espanhol El Pais, a empresa se compromete, ainda, a fazer com que o Kazaa opere na legalidade daqui por diante. "Ganhamos uma longa batalha. Havia muitos danos a serem compensados, muito além de 100 milhões de euros", afirma o presidente da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, John Kennedy.
Hoje, a página do Kazaa exibe uma mensagem advertindo aos internautas australianos para não baixar o programa devido a uma decisão judicial no país. A empresa australiana não é a primeira a compensar economicamente as gravadoras e comprometer-se a operar legalmente. O Napster, outro programa para troca de arquivos na Internet, também teve problemas com direitos autorais e deixou de operar. Tempos depois, voltou ao mercado sob o comando da multinacional Bertelsmann, convertido em uma loja virtual de música.
Para o analista da consultoria Ovum, Jonathan Arber, o acordo tem importância simbólica, já que o auge do Kazaa já passou. "Hoje, o programa está muito longe da popularidade que teve meses atrás. Como apareceram serviços melhores, são poucos os que ainda o utilizam", afirma. Em 2004, o Kazaa tinha mais de 317 milhões de usuários em todo o mundo.