Exame Logo

Isolado, setor de tecnologia cresce na Argentina

Quando, no início de 2001, os investimentos na área de tecnologia na Argentina secaram no ano passado devido a grave crise econômica em que o país está mergulhado, as empresas de software começaram a olhar para o mercado externo para se manter vivas. Essa estratégia, na avaliação da britânica Economist Intelligence Unit, está dando certo. […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h33.

Quando, no início de 2001, os investimentos na área de tecnologia na Argentina secaram no ano passado devido a grave crise econômica em que o país está mergulhado, as empresas de software começaram a olhar para o mercado externo para se manter vivas. Essa estratégia, na avaliação da britânica Economist Intelligence Unit, está dando certo. Em 2001, a receita gerada pela exportação de software na Argentina ficou em torno de 40 milhões de dólares, quando entre 1997 e 2000, a indústria afirmou que exportava no máximo de 8 a 9 milhões de dólares por ano, segundo estimativas da própria indústria local.

Seguindo a desvalorização do peso, o custo da hora trabalhada no setor de tecnologia da informação caiu de 45 dólares por hora para 18. Nos Estados Unidos, o custo da hora é de 80 dólares e na Espanha, 30 dólares.

Veja também

As empresas de software esperam exportar neste ano 100 milhões de dólares, atingindo 200 milhões em 2004. A indústria local reúne as grandes subsidiárias internacionais (Microsoft, Oracle e SAP, por exemplo) e cerca de 300 pequenas e médias empresas, que criam cerca de 150 produtos "tipo exportação".

Segundo a Economist Intelligence Unit, a crise da Argentina forçou as empresas a reverem suas estratégias. O instituto afirma, por exemplo, que o custo de linha de programação na IBM argentina agora está nos mesmos preços da Rússia, Irlanda ou Índia, os três países mais baratos para desenvolvimento de programação.

Em dezembro passado, a IBM investiu 50 milhões de dólares em uma nova unidade em Martinez, em Buenos Aires. A unidade emprega 1.400 dos 3.000 funcionários da IBM no país. Feita inicialmente para fazer impressoras para exportação, a unidade recebeu um investimento de 180 milhões do escritório dos Estados Unidos e será usada agora como plataforma de exportação para todas as áreas de atuação da empresa.

A Oracle pretende também incrementar a sua unidade em Buenos Aires e contratar mais 350 pessoas. Hoje, tem 200. A Motorola e a Ericsson também estão incrementando suas unidades de olho no mercado de celular.

As empresas locais também estão crescendo. O Grupo Assa, licenciado da JD Edwards no país, vendeu apenas no primeiro semestre de 2002 cerca de 3,5 milhões de dólares, contra 2,4 milhões do primeiro semestre de 2001.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame