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Internet deve se transformar em um serviço de utilidade pública

Para pesquisador da IBM, acesso à rede mundial de computadores precisa se tornar tão comum como o consumo de energia ou água potável

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h43.

Governos e empresas de todo o mundo precisam se esforçar para transformar a internet em um serviço tão difundido quanto as redes de energia elétrica ou água potável. "A internet ainda não é um bem de utilidade pública, mas podemos caminhar para isso", diz Jean Paul Jacob, pesquisador emérito do centro de pesquisas da IBM na Califórnia.

Jacob reconhece que a rede mundial de computadores trouxe inúmeras vantagens, como a dinamização da economia e o acesso a um grande volume de informações. Mas afirmou que ainda há três pontos críticos: ainda são necessários equipamentos específicos para navegar na internet (computadores, por exemplo); o tempo para se conectar ainda é grande; e o acesso é pago.

Segundo Jacob, já estão surgindo modelos de redes públicas de internet. Um deles foi criado pelo programa Search fot Extraterrestrial Intelligence (Seti), dedicado a buscar vida inteligente em outros planetas. Batizado de Seti@home, o projeto é composto por pessoas que cedem, voluntariamente, seus computadores pessoais para processar informações sobre sinais captados do espaço por meio de um software específico. Atualmente, há 4 milhões de microcomputadores participando do projeto. Outro exemplo é uma comunidade mundial de voluntários que utilizam seus micros, todos conectados à internet, para analisar padrões de difusão de doenças como a Aids e possibilidades de cura (www.worldcommunitygrid.org).

"O que as pessoas desejam é se conectar a outras pessoas a qualquer hora e em qualquer lugar", diz Jacob. Por isso, os suportes para a conexão deverão se diversificar ainda mais com no futuro. Dos computadores pessoais e laptops, passando pelos celulares e pelos computadores de mão, o pesquisador aponta uma evolução que pode culminar em telas de conexão espalhadas em locais públicos. Numa outra etapa, os próprios arquivos do usuário seriam armazenados em servidores e poderiam ser recuperados não apenas no seu equipamento pessoal, mas em qualquer computador conectado à internet.

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