Tecnologia

Hackers chineses invadem sistemas da Câmara de Comércio dos EUA

O jornal informou que não se sabe o volume das informações obtidas pelos hackers ou quem pode ter tido acesso à rede

Rede chinesa ficou mais de um ano exposta antes que a violação fosse descoberta (Gustavo Molina/SXC.hu)

Rede chinesa ficou mais de um ano exposta antes que a violação fosse descoberta (Gustavo Molina/SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 09h34.

São Paulo - Hackers chineses contornaram as defesas da Câmara do Comércio dos Estados Unidos no ano passado e conseguiram acesso a informações sobre a organização e seus 3 milhões de membros, publicou o Wall Street Journal nesta quarta-feira.

Em Pequim, a China desconsiderou a reportagem. O jornal, mencionando pessoas não identificadas, mas informadas sobre o assunto, publicou a operação contra o principal grupo de lobby de negócios norte-americano, que envolveu pelo menos 300 endereços de internet e foi descoberta em maio de 2010.

O jornal informou que não se sabe o volume das informações obtidas pelos hackers ou quem pode ter tido acesso à rede no mais de um ano em que ela esteve exposta antes que a violação fosse descoberta. O grupo por trás do ataque é suspeito pelos EUA de manter vínculos com o governo chinês, disse uma das fontes ao jornal. O FBI informou a Câmara de Comércio que servidores na China estavam obtendo informações ilegalmente em suas redes, segundo a fonte.

Liu Weimin, porta-voz do Ministério do Exterior chinês, descartou a reportagem. "Não há o que dizer sobre essa divulgação infundada de supostos ataques de hackers, e nada surgirá disso", disse ele em declaração regular em Pequim. "A lei chinesa proíbe a ação de hackers."


A Câmara de Comércio emprega 450 pessoas e representa interesses de negócios, entre os quais a maioria das grandes empresas norte-americanas, no Congresso. O jornal publicou que os emails acessados revelavam os nomes de empresas e pessoas importantes que mantinham contato com a Câmara, e também permitiram acesso a documentos de política comercial, atas de reuniões, relatórios de viagem e agendas.

"O que é incomum quanto a isso é que o responsável foi claramente alguém muito sofisticado, que sabia exatamente quem somos e visou pessoas específicas, utilizando ferramentas sofisticadas para tentar obter informações", disse David Chavern, vice-presidente de operações da organização, ao Wall Street Journal.

A China é frequentemente mencionada como suspeita em diversos ataques de hackers aos EUA. Em agosto, o Pentágono alertou em relatório ao Congresso que as operações de hackers na China poderiam ser utilizadas para fins militares abertos no futuro.

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