Da Redação
Publicado em 13 de março de 2012 às 10h39.
Descontando o adaptador de rede sem fio, que é uma espécie de pen drive projetado para ser plugado no PlayStation ou no PC, o F430 é uma peça única. Essa característica é importante porque torna o controle muito mais fácil de ser instalado do que boa parte dos volantes para jogos, que normalmente exigem uma mesa sólida. Além disso, é possível ajustar a haste que ligar o aro à pedaleira, tornando o controle acessível a adultos e crianças. A chateação na hora de usar o F430 se deve exclusivamente ao software que, como já mencionamos, exige que o usuário especifique os comandos manualmente. Fora isso, não é difícil carregar o volante consigo para uma seção de corridas na casa de um amigo.
No entanto, uma das razões por trás dessa vantagem é justamente a ausência de um motor interno, que reagiria aos eventos do jogo para simular situações reais. Pode-se argumentar que a pouca resistência do aro facilita a jogabilidade, mas tal facilidade não necessariamente torna o jogo mais divertido. Mas não é somente nesse ponto que o F430 quebra o realismo. O aro do volante é consideravelmente menor de um aro real, o que causa estranheza em quem já é dono de uma carteira de motorista. Ainda mais grave é o fato de que rotação máxima do aro não passa de uma volta completa, ou seja, insuficiente para reproduzir o grau de controle que um motorista tem sobre um carro real. Outra questão que merece atenção é a ausência do câmbio e da embreagem, o que pode decepcionar os fã da fórmula GT.
Se dirigir com o F430 não provoca aquela adrenalina que se sente ao brigar com um motor pelo controle do aro, pelo menos é uma experiência mais completa do que o teclado ou o Dual Shock do PlayStation podem proporcionar. Como já mencionamos, o sistema de transmissão sem fio funcionou com precisão, sem atrasos perceptíveis e com um alcance de aproximadamente 10 metros. Contudo, o volante não se dá muito bem fora das pistas. Navegar pelos menus do PlayStation com os escassos controles do F430 não é uma experiência agradável: você provavelmente terá que manter o controle convencional conectado.
O propósito do F430 claramente não é proporcionar uma experiência realista como o outro volante da Thrustmaster que testamos há algumas semanas, o TS500 RS. A proposta aqui não é imersão, mas praticidade, e nesse ponto oF430 cumpre bem o seu papel. Ainda assim, há que se considerar que, se você leva os jogos de corrida tão a sério que está disposto a gastar 1.400 reais em um controle, é bem provável que um volante com motor interno é uma máquina mais adequada aos seus desejos.
Compatibilidade | PlayStation 3 e PC |
---|---|
Conexões | sistema sem fio de 2,4 GHz |
Bateria | 4 pilhas AA |
Peso | 10,5 kg |
Prós | Obedece aos comandos com precisão; se comunica com o console ou com o PC sem a necessidade de fios; facilidade de instalação; |
---|---|
Contras | Não tem motor interno; aro pequeno e com baixo ângulo de rotação; precisa ser configurado manualmente; |
Conclusão | Ideal para quem quer uma forma prática de aproveitar melhor os jogos de corrida, mas não se preocupa muito com realismo; |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 1400 |