Tecnologia

Governo dá 'falsa impressão' sobre água, acusa consórcio

Os reservatórios do Cantareira, que abastecem 47% da Grande São Paulo, estão nesta segunda com 15,9% da capacidade total, segundo medição do grupo anti crise para ac

sabesp-agua

sabesp-agua

DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 15h45.

O consórcio que representa municípios e usuários de água das 73 cidades da região de Campinas (SP), onde estão os rios e represas que foram o Sistema Cantareira - maior fonte de abastecimento da Grande São Paulo -, divulgou uma nota de esclarecimento nesta segunda-feira, 10, acusando o governo do Estado e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de transmitirem "a falsa impressão" de que o problema da falta de água está controlado.

Os reservatórios do Cantareira, que abastecem 47% da Grande São Paulo, estão nesta segunda com 15,9% da capacidade total, segundo medição do grupo anti crise para acompanhar o problema. A carta do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) é uma resposta às medidas anunciadas de redução de retirada de água do Sistema Cantareira e a transferência de outros sistemas (Alto Tietê e Guarapiranga) para suprir a demanda de 2 milhões de pessoas na Grande São Paulo. "O fato (...) levou a falsa impressão que a Região Metropolitana de São Paulo está totalmente protegida e que possui um sistema interligado, de vários reservatórios, que garante seu abastecimento em qualquer situação. Tais reservatórios existem, mas são insuficientes para garantir o abastecimento da Grande São Paulo, principalmente em período de estiagem", afirma o documento.

Para o órgão, uma prova disso foi o fato de que a Sabesp manteve a retirada de 31 mil litros de água por segundo do Cantareira para a Grande São Paulo durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, nessa atípica seca de verão. "Tanto que, o sistema integrado da RMSP não é sustentável, que mesmo sabendo do risco para a vida útil do Sistema Cantareira, a RMSP permaneceu, retirando aproximadamente 31 m3/segundo, levando os reservatórios a níveis abaixo de 20%, considerados altamente críticos", informa a nota. Para o secretário-executivo do consórcio, Francisco Lahóz, a falta de planejamento e investimentos do governo em novas fontes de água para a Grande São Paulo provocaram essa crise.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaINFO

Mais de Tecnologia

Spotify reporta crescimento acima do esperado no segundo trimestre após aumento de preços

Wiz recusa oferta de compra feita pelo Google

Prisão do fundador da Kakao abala mercado de k-pop

Apagão cibernético afetou 8,5 milhões de computadores da Microsoft

Mais na Exame