Tecnologia

Google reúne executivos em SP para falar de soluções de nuvem

Segundo pesquisa da empresa feita com executivos, 35% de executivos ouvidos colocava a mobilidade como a tecnologia mais importante para eles; nuvem vem em seguida

google (Divulgação)

google (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 09h02.

O Google reuniu, na manhã desta quinta-feira, algumas dezenas de representantes de diferentes empresas em seu escritório em São Paulo. O encontro fechado, no qual INFO esteve presente, teve como objetivo falar de nuvem, e contou com a presença de Carl Schacher, vice-presidente do Google for Work na América Latina. O executivo subiu em um pequeno palco a frente dos presentes para dar exemplos de como as soluções da empresa podem ajudar a suprir as necessidades de executivos, cada vez mais preocupados com nuvem e mobile.

De acordo com uma pesquisa revelada por ele, feita pelo Google com chefes de diferentes companhias, 35% dos entrevistados colocaram a mobilidade como a tecnologia com mais potencial para os próximos anos. A cloud computing aparece em segundo lugar, sendo a escolha de 20% dos ouvidos pelo estudo – e ambos os conceitos estão intimamente ligados às ferramentas escaláveis oferecidas pela empresa norte-americana, segundo o discurso de Schachter.

Na apresentação, que começou por volta das 9h30, o engenheiro deixou claro que seu objetivo era “dar uma ideia de alguns dos problemas que enfrentamos hoje na relação do trabalho com a tecnologia”. Para isso, ele antes discorreu um pouco sobre trabalho, para depois começar a dar alguns exemplos práticos de como Drive, Docs e Hangouts, entre outros, conseguiram ajudar diferentes empresas a melhorar a produtividade e a comunicação entre funcionários.

Colocando em prática no Brasil – Os casos mais interessantes para os brasileiros são os de empresas nacionais, é claro. Schachter falou primeiro da Angar Ivanhoe, marca daqui responsável por shoppings espalhados pelo país. A companhia adotou as soluções do Google completamente, deixando de lado as aplicações legadas e fazendo hoje até entrevistas de emprego por Hangouts. Fernando Wanderley, CIO, subiu depois ao palco para afirmar que a “migração foi das mais suaves”, visto que muitos funcionários já usavam os aplicativos por conta própria.

Essa facilidade foi vista também na implementação do sistema pela SulAmérica, seguradora tradicional com seus mais de 2 milhões de clientes. Das três companhias citadas pelo executivo do Google, ela é a que utiliza mais fortemente as soluções, e muito pela necessidade de melhorar “o que a empresa mais utilizada, vista há 3 ou 4 anos” – ou seja, plataformas de colaboração e edição e documentos, segundo o CIO Cristiano Barbieri.  

Barbieri ainda citou e criticou a velha dificuldade envolvendo servidores de e-mail e a estrutura complexa de BlackBerries, tudo substituído por soluções em nuvem. Hoje, a empresa já contabiliza mais de 680 mil documentos criados e guardados pelo Google, e seus funcionários fizeram 2.985 hangouts, além de terem criado 148 apps internos.

Por fim, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi o que começou a implantar ferramentas de cloud mais recentemente – e o que teve mais problemas para isso, segundo Maria Luiza Malvezzi, conselheira da instituição universitária e pública. De acordo com ela, as soluções resolveram os problemas de caixas de entrada lotadas e “liberaram a criatividade” dos cerca de 8.500 funcionários do hospital. Entretanto, como eles já usavam as aplicações por conta própria, o desafio foi trazer o material de volta para o dentro da nuvem da companhia.

Os casos do exterior – Do lado de fora, o primeiro caso citado foi o da Woolworths, rede de supermercados australiana centenária que usa os aplicativos online para aproximar seus funcionários. Eles também são úteis para ajudar na organização e na definição de estratégias, além de tornar o trabalho até “mais divertido” – algo que eles “perceberam ser importante”, de acordo com uma aspa mostrada na apresentação.

Schachter ainda citou a Trulia, o Snapchat, a Chico’s e a U.S. Cellular. A primeira, imobiliária, usa a API do Google Maps em seus apps e no website, para criar mapas de calor e melhorar a localização e marketing de relacionamento com clientes. O segundo, por sua vez, aproveita a App Engine para manter o sistema funcionando – algo que ajudou na expansão do número de usuários. Por fim, a rede de moda feminina e o serviço de celular aproveitam o Big Query para analisar dados – acumulados por mais de 10 anos, no caso da Chico’s.

Acompanhe tudo sobre:Computação em nuvemEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleINFOTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Meta tem prejuízo de US$ 4,48 bilhões no segundo trimestre com realidade virtual

Startup brasileira lança creme antisséptico que promete aposentar o álcool gel

Meta registra lucro de US$ 13,4 bilhões e receita chega US$ 39 bilhões

Receita de jogos chineses cai 3,3% no primeiro semestre

Mais na Exame