Google quer saber quais dados são coletados pelas extensões do Chrome
Publicado em 24/11/2020 às 13:08.
Última atualização em 24/11/2020 às 13:33.
Uma alteração nas políticas do Google vai obrigar as empresas que possuem extensões no navegador Google Chrome a revelar o que é feito com os dados coletados dos usuários que utilizam os add-ons. Segundo a empresa, os novos termos vão começar a valer a partir de 2021 e garantem uma maior camada de privacidade e transparência das desenvolvedoras aos internautas.
As medidas foram anunciadas em uma postagem do Chromium Blog. “A partir de janeiro de 2021, a página de detalhes de cada extensão na Chrome Web Store mostrará informações fornecidas pelo desenvolvedor sobre os dados coletados pela extensão, em linguagem clara e fácil de entender”, diz o texto. “A coleta de divulgação de dados está disponível para desenvolvedores hoje.”
Na prática, isso significa que as empresas que desenvolvem extensões para o navegador precisarão especificar com clareza o que é feito com as informações coletadas dos usuários uma vez que os programas são instalados e passam a ter acesso a dados da navegação. Caso a norma não seja respeitada, as extensões não serão mais disponibilizadas na loja Chrome Web Store, a loja oficial de extensões e apps do navegador.
A postagem também cita que o Google está introduzindo uma política adicional focada em limitar o uso dos dados coletados. A companhia lembra que a venda dessas informações, assim como a aplicação em campanhas publicitárias ou para fins de crédito ou empréstimo é proibida. O uso dos dados também deve ser direcionado ao benefício principal do usuário.
O texto ainda diz que as empresas que desenvolvem extensões para o navegador têm até o dia 18 de novembro como prazo final para a adequação às novas regras. Se não o fizerem, não terão mais seus softwares disponibilizados na loja virtual.
O Google é uma das empresas de tecnologia que estão na mira de órgãos reguladores dos Estados Unidos e um dos motivos é justamente como a companhia utiliza dados dos usuários para benefício próprio. A companhia é acusada de prejudicar a competição no mercado americano ao utilizar a força de sua tecnologia para enfraquecer concorrentes.