Turquia (Reprodução/Twitter)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
São Paulo Em comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira, o Facebook afirmou que não forneceu informações dos usuários para o governo turco, durante a onda de protestos que atingiu o país nas últimas semanas.
A nota divulgada pela rede social foi publicada após um ministro turco afirmar que o Facebook trabalhava em cooperação com o Estado. De acordo com o texto, a empresa americana recusou todos os pedidos da Turquia para a liberação de dados dos usuários do país. Estamos preocupados com a proposta de lei que pode permitir ao governo turco requisitar informações às empresas de internet com mais frequência, disse o Facebook.
A empresa afirmou que qualquer pedido de informações dos usuários deve ser feito por meio de canais legais. Realizaremos um encontro com membros do governo turco nesta semana, quando eles visitarão o Vale do Silício, e pretendemos comunicar nossas preocupações a respeito desse assunto.
De acordo com a agência de notícias Reuters, membros do governo turco solicitaram um programa de cooperação com o Twitter, outra rede social utilizada pelos cidadãos durante os protestos. Em resposta, a companhia americana recusou divulgar dados de seus usuários.
No início de junho, pelo menos 25 turcos foram presos por postagens no Twitter. O premiê da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chegou a afirmar em pronunciamento que as redes sociais são a pior ameaça para a sociedade.
Os protestos começaram após o governo confirmar que uma parte do parque Taskim Gezi, localizado em Istambul, dará lugar a estabelecimentos comerciais. Em solidariedade aos manifestantes, ativistas de outras cidades da Turquia também iniciaram reinvindicações contra o governo local.