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Europol diz que 200 mil vítimas já foram afetadas por ciberataque

O responsável da Europol alertou que o setor de saúde está especialmente exposto a ataques similares

Segurança: o chefe da Europol citou os bancos como um setor de referência que aprendeu a lidar com as ameaças cibernéticas (Reprodução/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 14 de maio de 2017 às 10h58.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 10h02.

Londres -- O diretor do Serviço Europeu de Polícia (Europol), Rob Wainwright, declarou neste domingo que o ciberataque em massa da última sexta-feira já deixou 200 mil vítimas em "pelo menos 150 países" e advertiu que o número de atingidos continuará crescendo a partir de amanhã, segunda-feira.

Em declarações à emissora britânica "ITV", Wainwright advertiu que o vírus continuará se propagando "quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores a partir de segunda-feira".

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O software malicioso que se propagou na sexta-feira bloqueou os computadores em numerosos centros de saúde no Reino Unido , bem como em empresas e órgãos públicos em Espanha, França, Alemanha e Rússia, entre outros países.

"Fazemos cerca de 200 operações globais por ano contra o crime cibernético, mas nunca vimos nada como isto", disse Wainwright.

O responsável da Europol alertou que o setor de saúde está especialmente exposto a ataques similares, e recomendou que todas as organizações deem prioridade a medidas para proteger seus sistemas e atualizem as versões do software com o qual trabalham.

"Advertimos já há algum tempo que o setor de saúde em muitos países é particularmente vulnerável, e é responsável por processar uma grande quantidade de informação sensível", detalhou o diretor da Europol.

Este último ciberataque em grande escala "serve para enviar uma mensagem muito clara: todos os setores são vulneráveis e devem levar absolutamente a sério a necessidade de funcionar com sistemas atualizados e instalar todas as atualizações disponíveis", afirmou Wainwright.

O chefe da Europol citou os bancos como um setor de referência, que aprendeu a lidar com as ameaças cibernéticas.

"Poucos bancos na Europa, se é que houve algum, foram afetados por este ataque, porque aprenderam a partir da dolorosa experiência de serem o alvo número 1 do cibercrime", opinou o funcionário britânico.

O diretor do Serviço Europeu de Polícia indicou que os investigadores trabalham com a hipótese de que o ataque de sexta-feira foi cometido por criminosos, não por terroristas, e assegurou que os responsáveis receberam uma quantidade "notavelmente baixa" de pagamentos em conceito de recompensa para desbloquearem os computadores.

As vítimas do ciberataque viram que suas máquinas ficaram bloqueados e que os 'hackers' pediam um resgate em moeda digital, o 'Bitcoin', para que pudessem recuperar seus arquivos.

A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, recomendou aos numerosos hospitais e centros de saúde afetados no Reino Unido que "não pagassem" o valor exigido pelos criminosos cibernéticos.

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