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EUA reconhecem preocupação do Brasil por suposta espionagem

Susan Rice reconheceu a Figueiredo as 'questões legítimas' geradas pela suposta espionagem de Washington a Brasília

susan rice (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 08h47.

Washington - A Assessora de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, reconheceu nesta quarta-feira (11) ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, as "questões legítimas" geradas pela suposta espionagem de Washington a Brasília.

"A Assessora de Segurança Nacional expressou ao ministro Figueiredo que os Estados Unidos compreendem que as recentes revelações à imprensa - algumas das quais distorceram nossas atividades e outras provocaram questões legítimas por nossos amigos e aliados (...) - criaram tensões na muito estreita relação bilateral com o Brasil", afirmou Caitlin Hayden, porta-voz de Rice, em comunicado após a reunião de ambos na Casa Branca.

Neste sentido, acrescentou Hayden, "os Estados Unidos estão comprometidos a trabalhar com o Brasil para encarar estas preocupações, enquanto seguimos trabalhando de maneira conjunta em uma agenda compartilhada de iniciativas bilaterais, regionais e globais".

A reunião foi resultado do encontro privado dos presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama na semana passada durante a cúpula do G20 na cidade russa de São Petersburgo.

Após essa reunião, Dilma disse que Obama lhe expressou seu compromisso de dar explicações sobre os casos de espionagem até esta quarta-feira.

Hayden explicou que a reunião de Rice e Figueiredo desta tarde ocorre "como parte deste diálogo" e o compromisso expressado na Rússia por parte do presidente Obama de "trabalhar dentro dos canais diplomáticos para encarar estas preocupações".

Além disso, a assessora americana insistiu que os "EUA estão realizando uma ampla revisão de suas atividades de inteligência para assegurar que são apropriadamente projetadas" e "consistentes" com seus "interessas nacionais, incluindo as relações com aliados-chave".

"Estados Unidos e Brasil têm uma forte e estratégica aliança baseada em nossos interesses comuns como democracias multiculturais e grandes economias", diz a nota.

Dilma condicionou a visita de Estado que deve fazer a Washington no dia 23 de outubro a receber explicações por parte da Casa Branca. A reivindicação do governo brasileiro se apoia em documentos entregues pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden ao jornalista Glenn Greenwald, e que revelam que essa agência de inteligência espionou as comunicações de Dilma.

Além disso, no domingo passado outros documentos vazados da mesma forma indicaram que a Petrobras foi outro alvo dos espiões americanos, segundo uma reportagem da "TV Globo".

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