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Estudo descarta impacto significativo de rotores eólicos no clima

O estudo publicado na Nature indica que as simulações em escala regional não tiveram resultados conclusivos sobre o impacto dos rotores

energia (©afp.com / Philippe Huguen)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 07h05.

Os geradores eólicos podem modificar localmente a temperatura e as chuvas, mas o impacto das instalações na Europa não é significativo para o clima global, concluiu um estudo realizado por cientistas franceses.

Nos últimos anos, alguns estudos deixaram em evidência os possíveis efeitos das grandes instalações eólicas sobre a meteorologia, mas os resultados mais significativos não puderam ser quantificados, destacou a pesquisa divulgada nesta terça-feira na revista Nature Communications.

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Alguns cientistas tinham sugerido que os geradores eólicos eram capazes de provocar um aumento das temperaturas e das chuvas devido à forma como misturam camadas de ar frio e quente. Isso gerou o temor de que as instalações eólicas provocassem mudanças a milhares de quilômetros de distância.

O estudo publicado na Nature indica que as simulações em escala regional não tiveram resultados conclusivos sobre o impacto dos rotores, que se mostrou insignificante.

Os cientistas, liderados pelo francês Robert Vautard, do Laboratório de Ciências do Clima e do Meio Ambiente, examinaram os efeitos potenciais das turbinas eólicas sobre o clima regional europeu em 2020, se os planos da União Europeia para limitar as mudanças climáticas forem totalmente implementados.

Conforme esses planos, as energias renováveis devem representar pelo menos 20% da matriz energética regional.

Em seus cálculos, os especialistas projetaram o impacto local no clima dos rotores eólicos existentes em 2012, inclusive os marinhos, para calcular os efeitos futuros.

Os especialistas concluíram que o impacto no clima seria "limitado" em 2020.

Em certas condições, as temperaturas poderiam aumentar ou diminuir 0,3º centígrado e as chuvas, variar até 5%.

"O impacto é menor do que a variabilidade natural interanual ou do que as mudanças esperadas com as emissões de gases de efeito estufa", concluiu o estudo.

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