Ele começou aos 15
E aos 21 anos André Street já ganhou mais dinheiro na rede do que muita gente grande
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h37.
Com apenas 15 anos, o carioca André Street -- bisneto do empresário têxtil Jorge Street, um dos fundadores da Fiesp -- criou o Paga Fácil, um sistema utilizado para a transferência de dinheiro entre compradores e vendedores de sites de leilão. Tudo começou em 2000, quando a bolha da internet já havia estourado. Dividindo o tempo entre o novo projeto e o primeiro ano do curso de direito na Universidade Cândido Mendes, Street captou 120 000 reais com empresários amigos da família para criar o negócio. Em setembro do ano passado, a empresa foi vendida ao grupo de internet Motoyama, de São Paulo, por meio milhão de reais. Hoje, aos 21 anos, Street já toca seu segundo empreendimento digital, um sistema de pagamentos para sites de comércio eletrônico.
A segunda oportunidade surgiu logo depois da venda do Paga Fácil. A intervenção no banco Santos deixou ressabiados os clientes da E-Financial, subsidiária da instituição que detinha 80% do mercado terceirizado de processamentos de pagamentos na internet. "Comecei a receber ligações de conhecidos sem parar, ainda nas férias, me pedindo consultoria", diz Street. "Eles estavam preocupados com o que poderia acontecer com seus sistemas de pagamento se a empresa fechasse."
Street conseguiu convencer investidores experientes -- o banco Pactual, o grupo Nasajon (de software de gestão empresarial) e a Idéias Net, uma holding de investimentos em tecnologia -- a apostar 1 milhão de reais em seu novo projeto. O nome do produto, ainda em fase de implantação, é Pagador. O sistema funciona nos bastidores das lojas de comércio eletrônico. Registra e encaminha os pedidos dos usuários para bancos e administradoras de cartão de crédito, além de produzir estatísticas sobre o perfil dos clientes.
Filho de uma psicóloga e de um ortopedista, Street foi expulso da escola na infância por mau comportamento, mas ainda assim entrou na faculdade antes mesmo de terminar o ensino médio, graças a uma liminar. Hoje, sua meta é faturar 1 milhão de reais por mês até o final do ano e conseguir uma fatia de mercado comparável à que o E-Financial detinha no negócio de processamento de pagamentos na internet. Nas últimas semanas, Street passou seu tempo entre o Rio e São Paulo mascateando o novo produto. Só falta agora conseguir tempo para ir à faculdade.
500000 reais foi o valor da venda da primeira empresa criada por street |