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Como estão os preparativos para o Brasil receber conexão direta entre satélites e celulares

Os primeiros testes de comunicação direta entre celular e satélite tiveram resultados positivos, com "conexões estáveis e de qualidade"; a tecnologia representa um potencial de levar serviços móveis a áreas remotas

Ferramentas como o ChatGPT estão democratizando o acesso ao conhecimento jurídico. (Qi Yang/Getty Images)
Ramana Rech
Ramana Rech

Redatora

Publicado em 21 de março de 2025 às 15h18.

Em mais um passo para expandir o acesso à serviços móveis no Brasil, os testes de conexão direta entre satélite e celular tiveram resultados positivos, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As empresas Claro e Lynk foram responsáveis pelo experimento, que ocorreu no Maranhão.

De acordo com nota da Anatel publicada nesta semana, no teste, foram estabelecidas “conexões estáveis e de qualidade entre satélites e dispositivos móveis, proporcionando serviços de voz e de dados em áreas que anteriormente não tinham cobertura”.

Esse foi um dos primeiros testes para conexão direta, cuja aprovação pela Anatel veio em maio de 2024. A tecnologia Direct-to-Direct (D2D) permite que satélites se comuniquem com celulares sem a necessidade de instalar infraestrutura terrestre. O objetivo é avaliar aspectos técnicos e regulatórios da tecnologia em larga escala, o que pode trazer novas soluções de conectividade para o Brasil.

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Nesse caso, radiofrequências destinadas ao Serviço Móvel Pessoal (SMP), usadas por smartphones para se conectar a estações terrestres, foram empregadas para comunicação com uma pequena constelação satelital de órbita baixa.

A Anatel diz que a tecnologia D2D tem potencial de ampliar a cobertura de serviço móvel em áreas remotas, onde a instalação de rede terrestre é mais difícil. A tecnologia também poderá ser útil nas situações em que desastres naturais danifiquem a infraestrutura terrestre.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023 indicam que 7,5% dos domicílios brasileiros não utilizam internet. No caso das áreas rurais, essa porcentagem é ainda maior, de 19%. Já a proporção de domicílios que não têm rede móvel de celular com internet ou telefonia é de 8,1% no geral e 32,6% em áreas rurais.

As aplicações da tecnologia D2D puderam ser testadas dentro do Sandbox regulatório. Aprovado em maio de 2024, o projeto viabiliza a flexibilização de normas de forma temporária com o intuito de realizar experimentos com tecnologias e modelos de negócio. Isso permite que empresas tenham um espaço controlado para experimentar soluções que ainda não se enquadram na regulamentação vigente.

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