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Cisco e IDC vão estudar impacto da banda larga na produtividade

As duas empresas lançaram, nesta quinta-feira (16/2), a primeira edição do "Barômetro Cisco da Banda Larga", que pretende detalhar a evolução do serviço no país e o seu impacto na economia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h32.

O que mede a capacidade tecnológica de um país? O número de PCs, talvez. Ou a quantidade de aplicações e softwares instalados em suas máquinas. Nada disso. Duas empresas do setor - a Cisco e a consultoria IDC - uniram-se para tentar avaliar o impacto que a tecnologia da informação tem sobre a produtividade do Brasil. O fator determinante, na avaliação dessas duas companhias, é banda larga.

"Não adianta apenas investir na compra de computadores e softwares. Essas máquinas precisam estar interligadas, e de forma eficiente. Só assim a tecnologia irá ajudar a melhorar a produtividade do país", disse Fábio Costa, presidente da IDC Brasil.

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As duas empresas lançaram nesta quinta-feira (16/2) a primeira edição do "Barômetro Cisco da Banda Larga", que pretende avaliar, a cada trimestre, a evolução da banda larga no país. O mercado será estudado detalhadamente, e depois comparado com o desempenho de outras regiões do mundo.

"O fator de produtividade no Brasil é ainda muito baixo. Se a tecnologia for utilizada de uma forma mais otimizada, poderá melhorar o desempenho do país, pois o mesmo trabalhador, se tiver acesso a melhores tecnologias, irá produzir mais", disse o presidente da Cisco no Brasil, Rafael Steinhauser. Segundo ele, a partir do estudo poderá ser formado um fórum de discussão envolvendo empresas do setor e governo.

Serviço ainda é para poucos

Apesar de os serviços de banda larga terem crescido cerca de 700% de 2001 a 2004, sua utilização no Brasil ainda é baixa, mesmo quando comparada a outros países da América Latina. Aqui, apenas 1,9% da população utiliza a internet via banda larga, enquanto na Argentina, esse número é de 2%, e no Chile, de 4%. Hoje, o serviço tem 3,5 milhões de assinantes no país.

A primeira edição do "Barômetro" já traz uma série de dados, provando que o uso da banda larga e o nível de produtividade de um país são fatores diretamente proporcionais. Isso porque, segundo o IDC, as conexões de alta velocidade permitem não apenas uma melhor integração da infra-estrutura existente, mas também a utilização de uma série de novos serviços que facilitam a vida de pessoas e empresas. Ensino à distância, compras online e a telefonia via Internet (VoIP) são alguns exemplos.

No ano passado, o mercado brasileiro investiu 10,8 bilhões de dólares em tecnologia da informação. O número é baixo, mas segundo o presidente do IDC, denota que o país está atingindo sua maturidade em aquisição de equipamentos. A China, por exemplo, está um pouco atrás, pois ainda vem comprando hardware.

O dado é um indicativo de que o Brasil precisa, agora, otimizar a utilização dessas máquinas. Cisco e IDC acreditam que é possível atingir a marca de 10 milhões de usuários de banda larga até 2010, aumentando para 5,1% a penetração do serviço no Brasil. Os preços devem ajudar. No ano passado, houve uma queda de 40% no valor das assinaturas, em média. "Uma base de 10 milhões de usuários certamente terá um impacto na produtividade do país", diz Costa.

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