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Chagas e malária agora são problemas de países ricos

A DNDi completa dez anos e seu braço na América Latina recebe o Prêmio Carlos Slim em Saúde na quinta-feira pelo desenvolvimento de dois medicamentos no Brasil


	A missão da entidade é responder a um dos principais problemas dos Médicos Sem Fronteiras: tratamentos pouco eficientes ou inexistentes a doenças que não atrativas à indústria farmacêutica
 (©AFP/Arquivo / Issouf Sanogo)

A missão da entidade é responder a um dos principais problemas dos Médicos Sem Fronteiras: tratamentos pouco eficientes ou inexistentes a doenças que não atrativas à indústria farmacêutica (©AFP/Arquivo / Issouf Sanogo)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 17h04.

Rio de Janeiro - Doenças como malária, Chagas e leishmaniose não estão mais restritas aos países pobres. São um problema também nos países desenvolvidos, segundo alerta do economista Eric Stobbaerts, diretor executivo para a América Latina da iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). 

A entidade foi criada em 2003 com a missão de dar resposta a um dos principais problemas dos profissionais que atuam na organização Médicos Sem Fronteiras: tratamentos pouco eficientes ou inexistentes para doenças que não atraem investimentos da indústria farmacêutica.

"As doenças negligenciadas muitas vezes foram olhadas pelo prisma de doenças das populações rurais, pobres; de pessoas que não têm voz. Hoje em dia, sabemos que essas doenças atingiram zonas urbanas. A doença de Chagas é endêmica da América Latina, mas está se globalizando. Há casos no México, Estados Unidos (hoje, o sétimo país em número de casos), Canadá, Europa e Japão. E isso tem a ver com os fluxos migratórios", disse.

A DNDi completa dez anos e seu braço na América Latina recebe, na quinta-feira, o Prêmio Carlos Slim em Saúde, pelo desenvolvimento de dois medicamentos no Brasil - uma droga para malária e uma formulação pediátrica para Chagas.

Nesse período, a DNDi produziu ao todo seis remédios para doenças negligenciadas. A meta é chegar a 13 até 2018. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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