Tecnologia

Britânicos prometem que serão mais claros sobre testes em animais

Os britânicos de modo geral apoiam amplamente o uso de animais em experimentos, mas com condições estritas e apenas quando não há alternativa

Beagle (sxc.hu)

Beagle (sxc.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 12h40.

Mais de 70 instituições da área médica com atuação na Grã-Bretanha, incluindo grandes empresas farmacêuticas como Pfizer PFE.N, GlaxoSmithKline GSK.L e AstraZeneca AZN.L, assinaram um compromisso para serem mais abertas sobre o uso de animais em experimentos científicos.

O Acordo sobre Transparência em Pesquisa Animal foi publicado nesta quarta-feira após longas negociações entre cientistas, universidades, ONGs médicas, companhias farmacêuticas, jornalistas e pessoas do público geral.

O acordo cobre atividades apenas na Grã-Bretanha, mas foi assinado por 72 organizações britânicas e internacionais, como a norte-americana Pfizer - a qual busca comprar a AstraZeneca.

"Este amplo apoio por abertura demonstra a mudança de atitude que temos visto no setor de ciências da vida nos últimos anos", disse Geoff Watts, que presidiu o grupo coordenador que esboçou o acordo.

Os britânicos de modo geral apoiam amplamente o uso de animais em experimentos, mas com condições estritas e apenas quando não há alternativa.

Uma pesquisa Ipsos MORI conduzida em 2012 descobriu que cerca de 80 por cento das pessoas questionadas sobre "condições de aceitação" para o uso de animais em pesquisas científicas aprovaram a prática para propósitos médicos, sob boas condições.

Mas cerca de 20 por cento dos britânicos estavam insatisfeitos com o uso de animais em pesquisas. Muitos disseram que gostariam de saber mais sobre o que acontece em laboratórios onde os experimentos são conduzidos.

Cerca de 4 milhões de experimentos foram realizados em animais na Grã-Bretanha em 2012, a vasta maioria (74 por cento) em ratos.

O acordo obriga os signatários a "serem mais claros sobre quando, como e por quê" animais são usados, e melhorar as comunicações com a imprensa e o público sobre tais trabalhos.

Há também o compromisso de serem "proativos no fornecimento de oportunidades para o público tomar conhecimento sobre pesquisas que utilizam animais", e relatarem a cada ano o progresso e as experiências.

A lei da Grã-Bretanha obriga os novos tratamentos médicos a serem testados em animais antes de seguirem para testes em humanos.

 

Acompanhe tudo sobre:AnimaisEuropaINFOPaíses ricosReino Unido

Mais de Tecnologia

Por que o YouTube está dominando as telas de TV em 2024

GAC Group lança robô humanóide GoMate para revolucionar indústria automotiva

CEO da Salesforce presentou a Apple com 'Apple Store'; entenda a relação de Benioff com Steve Jobs

Bluesky testa recurso de trending topics e promete implementação gradual