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Brasil prepara estréia no mercado de carbono

Aterros sanitários em Nova Iguaçu (RJ) e Salvador (BA) projetos da Nova Gerar e da Vega, respectivamente , são as duas primeiras iniciativas brasileiras no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto pelo Protocolo de Kyoto. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, anunciou hoje (2/6) na sede da Confederação Nacional da Indústria […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h42.

Aterros sanitários em Nova Iguaçu (RJ) e Salvador (BA) projetos da Nova Gerar e da Vega, respectivamente , são as duas primeiras iniciativas brasileiras no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto pelo Protocolo de Kyoto. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, anunciou hoje (2/6) na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) a aprovação dos dois projetos e disse que outros 11 aguardam análise do governo.

Pelo MDL, os países que ultrapassarem o nível máximo de emissão de gases definido pelo protocolo podem adquirir "créditos de carbono" de países que estão longe de alcançar aquele teto. Estima-se que a Nova Gerar e a Vega com os aterros sanitários, resultado da conversão de lixões, vão reduzir suas emissões de gás carbônico em 30 milhões de toneladas em dez anos, o que pode representar no mercado de créditos de carbono algo em torno de 150 milhões de dólares.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, existe a possibilidade de o Brasil, com as "exportações de ar limpo", obter uma receita anual de 2 bilhões de dólares em um prazo de 10 anos. O Banco Mundial estima que o comércio de créditos de carbono tem potencial para movimentar por ano, em todo o mundo, entre 200 milhões de dólares e 2 bilhões de dólares. Hoje, cada tonelada vale cinco dólares no mercado europeu.

"O MDL do Protocolo de Kyoto é o modo adequado de permitir a inserção dos países em desenvolvimento, como o Brasil, neste esforço global, por meio da transferência de recursos financeiros e tecnológicos dos países desenvolvidos", afirmou Campos. Para o presidente da CNI e deputado federal pelo PTB-PE, Armando Monteiro, a intensificação do comércio internacional de certificados de redução de carbono é uma "oportunidade excelente".

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