Brasil pode terminar 2006 com 100,2 milhões de assinantes de celular

Mesmo se aproximando do limite de saturação do mercado - aquele a partir do qual poucos assinantes entrarão no sistema - o setor de telefonia celular continua emitindo sinais de forte concorrência. A atitude mais agressiva das operadoras gerou resultados acima do esperado em janeiro, o que levou o Banif Investment Banking a elevar sua estimativa de crescimento do mercado em 2006. Antes, o banco esperava que o país encerrasse o ano com 99,6 milhões de assinantes de celulares. A nova estimativa é de 100,2 milhões.

O que motivou a revisão foram os números de janeiro, quando o país alcançou 87,5 milhões de assinantes, contra 86,2 milhões em dezembro. O crescimento da base foi de 1,5% sobre o último mês de 2005, e de 31,3% sobre janeiro do ano passado. Já a taxa de penetração subiu para 47,2% da população, contra 46,6% em dezembro.

O analista de telecomunicações do Banif, Roger Oey, também destaca uma mudança de foco das operadoras. Desde setembro do ano passado, as taxas de crescimento do mercado de celulares pós-pagos são maiores que as dos pré-pagos. Em janeiro, havia 16,810 milhões de assinantes de pós-pago e 70,660 milhões de pré-pagos. As taxas de expansão foram, respectivamente, 1,6% e 1,4%. "As operadoras estão mais seletivas", afirma o analista em relatório divulgado nesta sexta-feira (17/2).

Janeiro também marcou um novo recuo da Vivo em relação às suas concorrentes. Sua participação de mercado ficou em 34,3%, contra 34,5% em dezembro. A TIM foi a maior beneficiada, tendo avançado de 23,4% para 23,5% na mesma comparação. A Claro permaneceu com 21,6% de um mês para outro; a Oi subiu de 12% para 12,3%; e as operadoras da CVC Opportunity continuaram com 7,9% de mercado. As demais mantiveram 0,5%.