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Antes parceira, a Intel quer provar que chip da Apple não é tão bom assim

A Intel era a fornecedora de processadores para os computadores da empresa da maçã até 2020. Agora, a Apple produz seus próprios chips

Apple: companhia lançou seu processador para notebooks em novembro do ano passado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Apple: companhia lançou seu processador para notebooks em novembro do ano passado (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 9 de fevereiro de 2021 às 08h00.

A Apple causou um estrondo no mercado de computadores quando, em novembro do ano passado, anunciou uma nova geração de MacBooks com processadores agora produzidos pela própria empresa da maçã. Os chips M1 foram elogiados pela capacidade de deixar os aparelhos mais rápidos e potentes. Mas, para a Intel, a antiga fornecedora de processadores para a Apple, eles não são tão bons assim.

Relatos dos sites PC World e Tom’s Hardware apontam que a Intel está compartilhando o resultado de diversos testes de benchmark para provar que seus chips Intel Core i7 são de 11ª geração são mais rápidos do que os processadores M1, produzidos pela antes parceira e agora rival americana.

A Apple informa que seu processador, com 5 nanômetros de distância, conta com processamento com CPU de 8 núcleos, 4 de alta performance e 4 de alta eficiência, que permite manter tarefas com alto nível de eficiência. Isso torna o chipset duas vezes mais poderoso do que os processadores de PCs e com um quarto do consumo energético.

O novo processador traz ainda placa gráfica integrada, na qual a Apple afirmou que tem a tecnologia mais avançada já desenvolvida em Cupertino. O chip tem processado neural com 16 núcleos, capaz de processar 1 trilhões de operações por segundo.

Os resultados dos testes exibidos pela Intel apontam que o Core i7 pode levar vantagem em alguns pontos. A Intel apresentou resultados melhores durante o uso dos notebooks para a navegação no Chrome, em tarefas realizadas em aplicativos do Office 365, em jogos e durante o uso de programas da Adobe.

A Intel também rebateu as críticas de que seus chips geravam um gasto maior de bateria dos aparelhos do que o M1. Segundo a empresa, as críticas são baseadas em boatos e que, na prática, os processadores da Apple não levam a melhor neste quesito ante os chips da Intel da categoria i7.

O problema é que os testes realizados pela Intel não são muito transparentes e levantam dúvidas sobre os critérios utilizados para a medição. Uma análise da velocidade dos aparelhos para realizar tarefas de inteligência artificial usou um programa da Topaz Labs que faz o uso de aceleração de hardware da própria Intel.

Outra questão é que a Intel realizou a troca das máquinas durante os testes com seu chip, mas não fez a mesma coisa quando realizou as medições com o processador M1, instalado em um MacBook Air. Além disso, o teste de bateria pode ter resultados questionados, já que o MacBook Pro é o aparelho da Apple mais parrudo neste quesito.

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