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A três dias do Natal, 'rolezinho' fecha lojas de shopping

Faltando três dias para o Natal, o Shopping Interlagos, em contraste com as ruas vazias da cidade, estava lotado

interlagos (Divulgação)

interlagos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 07h41.

Um encontro confirmado por 10 mil jovens pelas redes sociais - o “rolezinho” - causou tumulto ontem no Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo. Houve gritaria, pânico e 25 jovens foram detidos por terem supostamente iniciado a confusão. Clientes relataram furtos, apesar de o shopping negar. Lojas baixaram as portas com medo de roubo. O caos só não foi maior porque a polícia estava no local quando a ação começou.

Faltando três dias para o Natal, o Shopping Interlagos, em contraste com as ruas vazias da cidade, estava lotado. Estima-se que 120 mil pessoas tenham passado ontem pelo local.

O tumulto começou às 16h30, na praça de alimentação, que fica no piso térreo. Um grito de uma moça teria iniciado a confusão. Pessoas saíram correndo, gritando, deixando seus pertences, em especial bolsas, que foram levadas por jovens.

As lojas imediatamente desceram as portas, com medo de invasão e roubo. A dona de casa Maria Leite dos Santos, de 45 anos, que estava ao lado da filha de 7 anos, se trancou em um provador. “Até os vendedores fugiram para os provadores. A gente não tem mais sossego nem no shopping.”

A confusão durou de cinco a dez minutos, conforme relatos dos frequentadores, e foi contida por cerca de 150 homens da Polícia Militar, da Tropa de Choque, da Força Tática e do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. Os policiais haviam chegado ao centro de compras no início da tarde, já cientes do “rolezinho” - os boatos de “arrastão” eram fortes entre alunos e funcionários das escolas públicas da região. Antes e depois da confusão, os PMs acompanhavam pelos corredores os jovens que entravam em grupos, sem abordá-los.

Segundo os jovens, parte dos que confirmaram a participação no “rolezinho” foi ao shopping para praticar frutos e outra parte, para protestar contra a proibição de bailes funks. Aprovada no dia 6 pela Câmara Municipal, a lei aguarda sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). 

Para Leonardo Moreira, de 19 anos, a confusão aconteceu porque os jovens não tem área para realizar os bailes. “A polícia para nossas festas à 1h. Ninguém tem onde se divertir por aqui.”

Segurança. Luiz Augusto Ildefonso da Silva, diretor de Relacionamentos Institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), destacou que os shoppings tem esquema de segurança e só acionam a polícia nos casos extremos. Anteontem, o Shopping Campo Limpo, na zona sul, também foi alvo de um “rolezinho”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

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