20 novidades anunciadas pelo Facebook em 2014

Em fevereiro, a rede social liberou mais opções de configuração relacionadas ao gênero dos usuários. Limitada à versão em inglês da rede social, a mudança habilita uma alternativa “Custom” (personalizada) em adição a “Male” (masculino) e “Female” (feminino). Caso seja selecionada, ela abre um campo que pode ser preenchido com “Agender” (assexuado), “Androgyne” (andrógino) e “Trans” (transexual), por exemplo. A novidade foi elaborada em parceria com a Aliança Gay & Lésbica Contra a Difamação (GLAAD, na sigla em inglês), e também permite definir o pronome que o Facebook usará para se referir ao usuário. Estão listadas as opções “Male: Wish him a happy birthday” (“Masculino: Deseje a ele um feliz aniversário”), “Female: Wish her a happy birthday” (“deseja a ela”) e “Neutral: Wish them a happy birthday” (neutro).

No meio de fevereiro, o Facebook anunciou a compra do app de mensagens WhatsApp por 16 bilhões de dólares. Foram 12 bilhões em ações e 4 bilhões em dinheiro, segundo um comunicado oficial. Além disso, fundadores e funcionários da empresa responsável pelo mensageiro receberam 3 bilhões de dólares em ações restritas, como um bônus. Mark Zuckerberg se manifestou sobre a aquisição em sua página, mostrando-se contente e dizendo que o WhatsApp complementaria o chat e os serviços de mensagens já existentes, dando "novas ferramentas para a comunidade". Para ele, o Facebook Messenger e o mensageiro recém-adquirido contam com públicos diferentes, e ambas seguirão independentes uma da outra, respeitando os próprios cronogramas de desenvolvimento já estabelecidos e recebendo investimentos como já acontecia antes.

Após cinco anos tornando padrão as novas postagens como públicas, o Facebook anunciou, em maio, mudanças em suas configurações de segurança como resposta aos problemas de privacidade na rede social. A partir de então, novos usuários da rede social têm suas postagens automaticamente ajustadas como disponíveis somente para amigos.

Depois de aparecer antes da hora na App Store, o Slingshot (estilingue, em inglês) chegou oficialmente às lojas de aplicativos do Android e do iOS no meio de junho. Com jeito de concorrente do Snapchat, o programa foi criado nos Creative Labs do Facebook e permite enviar para outras pessoas fotos e vídeos curtos, que desaparecem depois da primeira visualização. A base do funcionamento é quase idêntica ao do já popular rival, mas há alguns detalhes que tornam o novo app um tanto diferente tanto do concorrente quanto do velho e finado Poke. O principal está na forma de visualização de conteúdo: você só pode ver o conteúdo recebido depois que enviar uma imagem ou um clipe em troca.

Em julho, o Facebook anunciou uma nova ferramenta que permite aos usuários salvar conteúdos para serem vistos depois. A nova função, chamada de “Save”, permite que o usuário marque conteúdos como links e páginas de lugares ou músicas para serem vistos depois. Os itens salvos serão privados e não serão exibidos para os outros usuários. Para salvar um item no feed de notícias, basta clicar na seta no canto superior direito da postagem. No caso dos conteúdos como páginas de lugares ou músicas, uma aba “salvar” será exibida logo abaixo da foto de perfil. Para checar os conteúdos salvos, o usuário pode acessá-los por meio da aba “More” (“Mais” em tradução livre) para a versão mobile do Facebook. Já para a versão web, a opção irá aparecer com o nome de “Saved” na coluna do lado esquerdo da linha do tempo.

O Facebook anunciou, em agosto, que começaria a reduzir os anúncios “caça-cliques”, aqueles que geralmente contêm uma chamada que instiga o usuário mas não dá dicas do que ele verá ao clicar. De acordo com a empresa, a maioria simplesmente não se importa com esse tipo de propaganda e os denuncia como spam. Para identificar os “caça-cliques”, o Facebook estuda quanto tempo as pessoas passam fora da rede social depois de clicar em um anúncio do tipo.

Em setembro, a rede social anunciou duas importantes mudanças sobre os conteúdos que os usuários veem em seus Feeds de Notícias. A primeira envolvia os assuntos mais comentados do dia, e a segunda era sobre curtidas, comentários e compartilhamentos. De acordo com Erich Owens, Engenheiro de Software, e David Vickrey, Gerente de Engenharia, pessoas começariam, desde então, a ver posts sobre os assuntos mais comentados no Facebook na hora em que estes acontecem. Isso significa que quando um amigo ou página que você curte postar sobre um desses assuntos que estão nos “Trends”, é mais provável que essa postagem apareça no topo de seu Feed. A segunda mudança se referia aos posts mais curtidos, compartilhados e comentados. De acordo com os engenheiros, se uma história receber muitas curtidas logo que for postada e as curtidas forem caindo ao longo do dia, por exemplo, ela só aparecerá no topo de seu Feed durante o tempo em que estiver recebendo mais engajamento. Depois, começará a “cair”. Eles disseram que também levarão isso em conta ao mostrar as notícias mais antigas, que reaparecem em seu Feed quando estão recebendo muitos likes, comentários ou compartilhamentos.

O Facebook passou a permitir a postagem de suas “figuras” nos comentários de posts e de grupos em outubro. As chamadas “figuras” já são conhecidas dos usuários do chat da rede social, e são grandes imagens que podem ser baixadas gratuitamente, geralmente em pacotes com várias delas. Desde os grandes “smiles” até gravuras do Snoopy, a lista de figuras disponíveis é enorme. Para usar uma das imagens em um comentário, basta clicar no ícone de uma carinha sorridente que agora aparece ao lado da câmera fotográfica.

Também em outubro, o Facebook passou a mostrar mais informações nos hover cards, os “cartões” que aparecem quando descansamos o mouse no nome de algum usuário. A partir de então, ao descansar o mouse no nome de alguém – seja no chat, no Feed de Notícias ou na Timeline -, além de ver onde a pessoa trabalha e os amigos em comum, passou a ser possível ver check-ins recentes e eventos aos quais a pessoa compareceu. Caso o usuário tenha deixado o aniversário e a cidade natal como informações públicas, estas também aparecem no cartão.

O Facebook criou um link de acesso específico para usuários da rede Tor no fim de outubro. O Tor é um projeto open source que garante o acesso à internet sem a utilizar informações de identificação da conexão, como endereço de IP, localização do servidor e provedor. Quando o endereço do usuário chega aos computadores do Facebook, ele apresenta um número diferente daquele de origem, isso porque ele passou por uma rede de servidores cujo trabalho é justamente embaralhar o IP verdadeiro do usuário. De acordo com um post do Facebook, essa foi a principal dificuldade para criar um acesso próprio para a rede Tor, já que, em condições normais, acessos desse tipo eram considerados pelos servidores da rede social como robôs e um possível ataque ao site. Os usuários do Tor já conseguiam entrar no Facebook pelo Tor antes, mas as páginas da rede social abriam com fontes incorretas ou não carregavam.

O Facebook anunciou, em novembro, seu diretório de locais, que permite que você procure os melhores destinos em diversas cidades ao redor do mundo. Basta digitar o nome da cidade na caixa de busca – que aparece na página inicial do serviço – e diversas opções de serviços aparecerão em sua tela, como restaurantes, bares, hotéis, cafés, artes e entretenimento, entre outros. Um menu central oferece avaliações recentes dos locais encontrados. O Facebook utiliza a cidade que você marcou como sendo a que você vive para lhe mostrar locais populares pelas redondezas assim que você abre a página inicial do serviço. Existe, também, a opção de escolher uma cidade no menu que fica na parte inferior da página.

Ainda em novembro, o Facebook anunciou que vai modificar sua política de privacidade para torná-la mais simples e curta, uma mudança que também introduzirá novas condições relacionadas à localização e pagamentos. O diretor de assuntos públicos do Facebook para Europa, África e Oriente Médio, Richard Allan, disse que as mudanças são uma resposta à "crítica" que as condições das empresas de tecnologia são muito longas e complexas, além de atualizar o texto com os novos lançamentos da rede social. Entre outras coisas, a nova política de privacidade também esclarece que se os serviços do Facebook forem utilizados para compras ou transações, a empresa de Mark Zuckerberg poderá armazenar informações como o número ou outros dados contidos no cartão de crédito e da conta, assim como detalhes de fatura, envio ou dados de contato.

Se você deseja promover algo no Facebook, terá que pagar por isso. Pelo menos foi o que disse a rede social em um novo post de blog, publicado em novembro. A empresa pretende diminuir o número de posts promocionais na rede social a partir de janeiro do ano que vem. Segundo o Facebook, a empresa realizou uma pesquisa com centenas de milhares de pessoas que disseram que queriam ver mais histórias de amigos e páginas em seus feeds, e menos conteúdo promocional. Mas isso não afetará o número de anúncios que as pessoas veem no site. “Esta mudança dará aos usuários a melhor experiência possível no Facebook, ouvindo o que eles nos disseram. Enquanto as páginas que postarem muito conteúdo promocional verão uma diminuição significativa na distribuição de seu conteúdo, a maioria das páginas não será afetada por esta mudança”, afirmou a rede social.

Também em novembro, o Facebook anunciou hoje seu novo aplicativo para gerenciar os grupos dos quais você participa, chamado Groups. Com ele, é possível gerenciar os grupos dos quais você faz parte ou criar novos, funcionando mais ou menos como o app Messenger para as mensagens. Ao abrir o aplicativo, você verá todos os grupos do seu Facebook em um só lugar, e aqueles em que você posta com mais frequência estarão no topo. Para criar um novo grupo, basta tocar em Create, no canto superior direito da tela. Na nova guia Discover é possível ver grupos sugeridos a você com base em páginas que você gostou, grupos de amigos e onde você mora. Você também pode acompanhar as notificações e controlar quais notificações deseja ver. Os usuários continuarão podendo usar os grupos do Facebook no aplicativo principal da rede social e no desktop, e a empresa prometeu “continuar tornando essas experiências mais rápidas e melhores”.

O Facebook começou a recrutar profissionais de engenharia para a construção de drones e outras aeronaves. A empresa postou três ofertas de emprego em seu site em novembro, procurando por engenheiros de aviação e sistemas térmicos que queiram trabalhar em projetos aeronáuticos. Em março, o Facebook comprou a fabricante de drones Ascenta, empresa baseada na Inglaterra. As vagas oferecidas seriam para o escritório da rede social na Califórnia, com contato direto com a equipe da Ascenta em Londres. O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, escreveu em março um post afirmando que a empresa tem a intenção de "construir drones e satélites que transmitam o sinal da internet para todas as pessoas".

O Facebook irá ajudar empreendedores brasileiros no desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis com seu programa de apoio a startups, o FB Start, segundo anunciou a empresa ainda em novembro. O programa é uma ação contínua e faz parte do projeto “Facebook para Empreendedores”, uma iniciativa direcionada a estudantes, comunidades e desenvolvedores que usem a rede social para impulsionar seus negócios. Serão oferecidos dois modelos para participar do programa: o básico, para startups iniciantes sem produtos prontos; e o avançado, para empresas que já tenham criado aplicativos. Os interessados em participar podem se inscrever pela página do FB Start. Os projetos serão selecionados de acordo com a relevância da ideia de aplicativo a ser desenvolvido.

No início de dezembro, o Facebook anunciou facilitará o processo de busca dentro da rede social. Agora, será finalmente possível localizar algo que você postou dois anos atrás, por exemplo. A novidade é resultado de muito feedback dos usuários, que sempre pediram pelo recurso. “Os resultados de sua pesquisa são personalizados e exclusivos para você e, como sempre, você só pode ver as coisas que foram compartilhadas com você”, disse a empresa em um post anunciando a ferramenta. De acordo com a empresa, a novidade chegará primeiro para os usuários dos Estados Unidos, tanto no desktop quanto no iPhone. Ainda não há previsão de quanto o recurso chega ao Brasil.

Não foi exatamente um anúncio, mas o Facebook passou a melhorar automaticamente a qualidade das fotos postadas por meio de dispositivos móveis em dezembro – coisa que o Google+ já faz há algum tempo. Agora, as fotos enviadas para o Facebook por um iPhone serão levemente realçadas por padrão, com o app ajustando a iluminação, sombras e clareza geral. Será possível remover totalmente as alterações ou melhorar ainda mais a foto. No Android, o recurso deve chegar em um futuro próximo.