Revista Exame

Vigiar e lucrar é o mantra do novo capitalismo de vigilância

Vivemos uma nova era da informação, diz uma professora de Harvard. Mas não é uma informação para você — é sobre você

O carro Street View, do Google, que mapeou cidades: os mapas permitem vincular o mundo digital ao real, saber onde você está — e vender essa informação | Brooks Kraft/GETTY IMAGES /

O carro Street View, do Google, que mapeou cidades: os mapas permitem vincular o mundo digital ao real, saber onde você está — e vender essa informação | Brooks Kraft/GETTY IMAGES /

DC

David Cohen

Publicado em 14 de março de 2019 às 05h34.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 05h34.

“Meu pai falou que você nos vigia”, diz o garotinho a Mark Zuckerberg, cofundador e executivo-chefe do Facebook. “Ele não é o seu pai”, responde Zuckerberg. A charge, uma das inúmeras piadas que aludem à capacidade das grandes empresas de tecnologia de espionar nossa vida, evoca a imagem do Grande Irmão, a distopia totalitária do romance 1984, de George Orwell. Mas a analogia não é correta, afirma Shoshana Zuboff, professora emérita de psicologia social da Escola de Negócios de Harvard. A realidade, segundo ela, é pior. Em vez do Big Brother, o olho que tudo vê para controlar os cidadãos, ela usa o termo Big Other, o Grande Outro, uma estrutura impessoal capaz de monitorar, computar e modificar o comportamento humano.

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