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Dados & Ideias | Os mais ricos estão menos engajados

Os investimentos socialmente responsáveis, que foram moda entre os multimilionários, estão perdendo interesse entre eles

Bolsa americana: o investimento em ações concentra 20% da carteira dos empreendedores ricos no exterior | Drew Angerer/Getty Images /

Bolsa americana: o investimento em ações concentra 20% da carteira dos empreendedores ricos no exterior | Drew Angerer/Getty Images /

AJ

André Jankavski

Publicado em 14 de março de 2019 às 05h20.

Última atualização em 15 de março de 2019 às 12h19.

Pela primeira vez em cinco anos, empreendedores multimilionários mundo afora escolheram o mercado acionário como a primeira opção para seus investimentos. Como não há indícios de mudanças na política de juros pelo banco central americano (Fed, na sigla em inglês) no curto prazo, os produtos de renda fixa se tornam menos atraentes.

No Brasil, no entanto, o cenário é outro. Por aqui, papéis atrelados à taxa Selic e à inflação ainda são os queridinhos dos endinheirados. Há, porém, um ponto em que os multimilionários estrangeiros e locais convergem: o interesse em investir em empresas socialmente responsáveis está caindo. Essa é uma das conclusões da nova edição de uma pesquisa realizada pelo banco francês BNP Paribas com 2.763 empreendedores em 21 países.

Para entrar na pesquisa, é preciso ter disponível pelo menos 30 milhões de dólares livres para investir. No levantamento deste ano, 4% dos recursos dos endinheirados estrangeiros estão alocados nessa categoria de investimentos que dão retorno, mas também são considerados éticos e com impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. No ano passado, eram 7%. No Brasil, os investimentos do bem também caíram: de 8% para 3% do total aplicado pelos abonados. Ou seja, os investimentos de impacto, que pareciam estar decolando, não resistiram ao apelo de simplesmente lucrar mais.


CONSTRUÇÃO CIVIL

Tecnologia escassa

Obra em São Paulo: baixa produtividade na construção gera custos de 1,6 trilhão de dólares no mundo | Alexandre Battibugli

O setor de construção civil costuma estar entre os mais atrasados tecnologicamente. A consultoria McKinsey fez um levantamento que mostra que a baixa produtividade ligada à falta de tecnologia custa globalmente 1,6 trilhão de dólares para a construção civil. O cenário não é diferente no Brasil. Um estudo feito com 300 construtoras pela consultoria EnRedes, especializada em inovação no setor de edificações, mostra que a adoção de tecnologias no setor ainda se concentra nas áreas administrativas, como o uso de softwares de planejamento e de gestão empresarial.

Entre as novas tecnologias, os drones estão ganhando popularidade nos canteiros de obras e têm sido usados para atividades como mapeamento das edificações e acompanhamento do trabalho dos operários. Já inovações disruptivas da moda, como big data, inteligência artificial e blockchain, ainda não despertaram o interesse das construtoras.


 

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