Revista Exame

Para evitar “cãofusão”: como uma startup usa IA para adestrar os cachorros de estimação

Startup recém-criada quer usar inteligência artificial para ajudar tutores a cuidarem de seus cães

Rafael Rojas, Jaimes Almeida e Rodrigo Gomes, da Budz: 250.000 usuários é a meta para 2024 (Paulo Guimarães/Budz/Divulgação)

Rafael Rojas, Jaimes Almeida e Rodrigo Gomes, da Budz: 250.000 usuários é a meta para 2024 (Paulo Guimarães/Budz/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 23 de maio de 2024 às 06h00.

Última atualização em 28 de maio de 2024 às 16h46.

A chegada de um novo bichinho de estimação em casa é igual ao título daquela famosa música da banda Charlie Brown Jr.: dias de luta, dias de glória. O pet vai trazer muita diversão e companheirismo, mas também muita confusão, natural de um filhote que está se adaptando a um novo lar.

Os empreendedores paulistas Rafael Rojas, Jaimes Almeida Neto e Rodrigo Gomes — cofundador da fintech Fliper, vendida em 2020 — miraram os dias de luta para criar o novo negócio. Os três são fundadores da Budz, uma recém-criada startup que usa inteligência artificial para ajudar os tutores com o adestramento dos cães. Em projeto-piloto, a startup funciona por meio de um app em que os usuários têm acesso a informações sobre a aplicação das técnicas e dicas de como cuidar dos animais. “Hoje, o adestramento é caro e não consegue chegar ao Brasil inteiro”, afirma Gomes. “Com o app, promovemos um treinamento diário e ajudamos o tutor a fazer a gestão do pet. Pela inteligência artificial, além das aulas, ele pode tirar dúvidas até sobre quais locais perto de onde mora são pet friendly.”

Como foi o desenvolvimento do aplicativo

O desenvolvimento do app começou há cerca de um ano, com investimento de 1,5 milhão de reais, feito numa rodada-anjo. Para o público geral, a plataforma gratuita chegou há dois meses. Nesse período, registrou 16.000 downloads. O próximo passo é uma versão -“freemium”, com parte das ferramentas pagas num modelo de assinatura. Por ali, o pai do pet poderá adicionar vários bichinhos, ter descontos em empresas do setor e acesso a mais funcionalidades. A ambição é registrar todos os passos dos animais, criando uma espécie de cartão de saúde. Para ampliar a receita, a Budz também quer oferecer um modelo B2B, no qual as empresas compram o direito de acesso para os seus funcionários, como um benefício corporativo. Até o final do ano, o objetivo é ter 250.000 usuários, sendo 10% deles assinantes.

A aposta está guiada na mesma crença que motivou a criação da startup: o mercado está e continua-rá muito aquecido, apesar dos resultados fracos das grandes do setor. “Acontece que, se juntar as três maiores, elas não representam nem 10% do mercado”, diz Almeida Neto. “Mas o setor segue crescendo, e a expectativa para este ano é de que cresça dois dígitos novamente”.

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