LeBron James: em breve, os astros também usarão os produtos verdes da empresa (Kevork Djansezian/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h38.
Quem observa de longe os passos da fabricante americana de artigos esportivos Nike pode ser levado a crer que muito pouco mudou em relação à empresa do início do anos 90 para cá. A companhia era na época a líder mundial em artigos esportivos. Hoje, continua ocupando a primeira posição. A Nike também segue investindo na premissa de que parte do fascínio que sua marca desperta é fruto de sua associação com os maiores atletas do mundo. Durante a década passada, a empresa pagou fortunas para que Michael Jordan, considerado o melhor jogador de basquete de todos os tempos, emprestasse seu nome a uma de suas linhas de tênis, a Air Jordan. Hoje, um dos que ganham rios de dinheiro para propagandear os produtos da marca dentro e fora das quadras é LeBron James, estrela do basquete americano na foto ao lado. Mas existe outra imagem que a Nike luta para afastar há anos: a de empresa socialmente irresponsável. As denúncias de uso de trabalho infantil em fornecedores de países pobres grudaram. A Nike fez um grande e reconhecido esforço para contornar a situação, mas a lembrança do escândalo permanece viva. Agora, a Nike, durante anos um símbolo da irresponsabilidade social no mundo corporativo, quer virar o jogo de outra maneira: tornando-se uma referência na questão ambiental. Ou seja, quer estar no time das empresas que estão liderando a corrida rumo à sustentabilidade. Se o plano soa ambicioso ou pretensioso demais, acredite: há quem diga que ela já está nesse grupo de elite. "Não tenho receio de dizer que a Nike é hoje um modelo, independentemente do tanto que ela ainda precisa fazer", diz o canadense Mark Lee, presidente da SustainAbility, conceituada consultoria em sustentabilidade e uma espécie de think tank do tema.