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O aumento dos juros acalmou o mercado, mas restam dúvidas sobre como o futuro presidente do BC lidará com o dólar em alta

O futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo (Elio Rizzo/BCB/Divulgação)

O futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo (Elio Rizzo/BCB/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 06h00.

Se no mercado não há dúvidas quanto à falta de compromisso do governo com o reequilíbrio das contas públicas no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, parece ter calado os críticos ao encerrar 2024 com uma alta de juros de 1 ponto percentual, que levou a Selic para 12,25% ao ano. Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), que passará a ser liderado por Galípolo a partir de janeiro, também prometeram mais duas elevações nas próximas duas reuniões, na mesma magnitude, o que levará a taxa a 14,25% ao ano em março de 2025. O temor de que o sucessor de Roberto Campos Neto fosse leniente com a inflação — ou excessivamente alinhado à política econômica petista — foi controlado com a firme decisão da diretoria do BC, que já tem quatro membros escolhidos pelo ministro Fernando Haddad e terá outros três assentos da gestão Lula no colegiado a partir de janeiro.

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