Revista Exame

É capitalismo em estado puro com os fundos de private equity

Os fundos de private equity nunca tiveram tanto dinheiro para investir no Brasil, e esse ataque pode transformar setores inteiros da economia

Borges, do Carlyle; Etlin, do Advent; e Belda, do Warburg Pincus: 17,8 bilhões de dólares para comprar empresas (Germando Lüders/EXAME.com)

Borges, do Carlyle; Etlin, do Advent; e Belda, do Warburg Pincus: 17,8 bilhões de dólares para comprar empresas (Germando Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 17h51.

Até o fim do ano passado, o goiano Fernando Borges não passava de um coadjuvante na cena empresarial brasileira. Chefe da operação local do fundo de investimentos americano Carlyle, Borges comandava uma equipe de sete pessoas e rachava com um banco o 12o andar de um prédio na avenida Faria Lima, o coração financeiro de São Paulo. Em seu currículo, a transação de maior peso era a bemsucedida compra de uma fatia da companhia aérea Gol por 26 milhões de dólares, em 2003. Onze meses e três cheques depois, a situação de Borges é dramaticamente diferente.

Em janeiro, ele comprou o controle da maior operadora de turismo do país, a CVC. Seis meses depois, adquiriu a gestora de planos de saúde Qualicorp. Em seguida, comprou a fabricante de meias e lingerie Scalina, dona da marca TriFil. Calcula-se que Borges e o Carlyle tenham investido cerca de 2,5 bilhões de reais nas três aquisições. Parece muito para um ano só, mas Borges aparentemente acha pouco. Segundo EXAME apurou, ele tentou comprar a companhia de informações GRV Solutions por cerca de 2 bilhões de reais — mas acabou perdendo a disputa para a Cetip no início de dezembro. Apesar da derrota recente, pode-se dizer que Borges abandonou a condição de coadjuvante, e de maneira categórica. De seu meio andar na Faria Lima, ele hoje controla empresas que, somadas, faturam 4,5 bilhões de reais e empregam 12 000 funcionários. É mais que companhias tradicionais como Alpargatas, Klabin e Lojas Renner.

Fundos como o Carlyle, especializados na compra e na venda de empresas inteiras — ou de pedaços delas —, já foram chamados de “capitalistas em estado puro”. Seu objetivo ao controlar uma empresa é um, e apenas um: aumentar seu valor. Outras variáveis não importam. Não há emoções em jogo, como em empresas familiares. Ou pressões variadas de acionistas com interesses conflitantes, como no caso de companhias abertas. Ou o emprego de apaniguados e conveniências políticas, como nas estatais. A fulminante onda de compras liderada por Fernando Borges é um dos indícios de que o poder desses personagens nunca foi tão grande no Brasil. Como ele, o mercado formado pelos fundos de private equity (como são conhecidos) passou de coadjuvante a protagonista de nossa economia. Segundo um estudo recémconcluído pela Fundação Getulio Vargas, esses fundos têm hoje 17,8 bilhões de dólares disponíveis para comprar empresas brasileiras — um recorde histórico.

É dinheiro suficiente para dar na economia uma injeção de capitalismo. Nos primeiros nove meses do ano, foram investidos 3,8 bilhões de dólares no país, e o ritmo do último trimestre não ficou para trás. Em dezembro, um grupo de fundos liderado pelo GIC, de Singapura, comprou por 1,8 bilhão de dólares uma participação de 18% no banco de investimentos BTG Pactual. E, segundo EXAME apurou, mais duas transações relevantes estavam prestes a ser concluídas. O fundo Advent finalizava a aquisição de metade do capital do Terminal de Contêineres de Paranaguá, no Paraná, por 750 milhões de reais. E o argentino Southern Cross negociava os últimos detalhes para a compra da divisão de cosméticos do Grupo Bertin, dona da marca OX, por 500 milhões de reais. (Procurado, o Bertin negou a informação.)


O que mais impressiona, porém, é a certeza de que essa curva de crescimento está longe de seu apogeu. Fundos de private equity dependem do apetite de investidores estrangeiros para fazer aquisições. Seus gestores levantam recursos com grandes instituições globais — fundos de pensão, por exemplo — e usam o dinheiro para comprar empresas. A promessa, nem sempre cumprida, é dar retornos vultosos na hora de devolver esse dinheiro aos investidores. Em troca, os gestores do fundo ganham uma taxa de administração de 2% ao ano e cerca de 20% do lucro obtido com a venda das empresas. Caso tudo dê certo, portanto, o investidor termina com um bom retorno, e o gestor, abraçado a um quinto do lucro, fica rico.

Para que a roda gire, no entanto, é preciso que os estrangeiros estejam dispostos a aplicar no Brasil por um prazo que pode chegar a dez anos. É exatamente o que está acontecendo hoje. “O Brasil é um dos três mercados mais atraentes do mundo para gestores como nós”, disse a EXAME o suíço Urs Wietlisbach, fundador do Partners Group, um dos maiores investidores de private equity do mundo. Ao lado dos sócios, Wietlisbach administra 26 bilhões de dólares e investe entre 2 bilhões e 3 bilhões a cada ano em fundos. “Além de investir diretamente em empresas na América Latina, estamos em seis fundos dedicados à região, e queremos aumentar esse número para 15 até o fim de 2011.” Para acompanhar de perto o desempenho de seus investimentos, o Partners Group está abrindo um escritório em São Paulo.

A euforia de investidores como Wietlisbach está causando alvoroço no Brasil. Nunca se levantou tanto dinheiro quanto hoje em dia. Até um ano atrás, os gestores brasileiros perdiam um bom tempo “vendendo” as virtudes econômicas do país quando passavam a sacolinha na frente de investidores internacionais. Hoje, o panorama é outro. O responsável pelo Advent no Brasil, Patrice Etlin, acompanhou em tempo real essa mudança quando levantou seu fundo de 1,65 bilhão de dólares, entre 2008 e o início de 2010. Foram mais de 500 reuniões em 14 países. Até janeiro de 2010, ele havia obtido apenas 800 milhões de dólares, ainda longe da meta inicial de 1,3 bilhão. Foi quando tudo começou a mudar: a percepção de que o Brasil passara relativamente bem pela crise despertou o apetite dos mesmos investidores que haviam ignorado Etlin meses antes.

De janeiro a março, o Advent teve demanda para captar outros 2,2 bilhões de dólares. “Hoje, ninguém precisa mais ‘vender’ o Brasil”, diz Etlin, que tem, em mãos, 2 bilhões de dólares para investir. “Nunca houve tanto interesse pelo país.” Segundo um levantamento feito a pedido de EXAME pela companhia de informações financeiras Preqin, 21 fundos estão sendo levantados por gestores interessados em investir no Brasil. O montante que eles pretendem captar é de arregalar os olhos: são 9,2 bilhões de dólares. O Gávea, fundado por Armínio Fraga e seu primo Luiz, pretende concluir no primeiro trimestre de 2011 a captação do maior fundo de private equity dedicado exclusivamente ao Brasil, que terá entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de dólares.


Até pouco tempo atrás, o mercado de private equity brasileiro formava um mundinho, dominado por fundos como GP, Advent, Gávea e Pátria. Os profissionais eram os mesmos de sempre e as rivalidades também — uma das maiores especialidades dos gestores nacionais de private equity é falar mal das aquisições dos outros. A atual enxurrada de dinheiro estrangeiro está causando uma multiplicação de concorrentes como nunca se viu no país — “gestor de private equity” é, hoje em dia, a profissão da moda no mercado financeiro nacional. Essa multiplicação se divide em duas vertentes. A primeira é formada por empresas nacionais, que estão criando seus primeiros fundos, em alguns casos sem que seus gestores tenham qualquer experiência na venerável arte de ganhar dinheiro comprando e vendendo empresas. O BTG Pactual, de André Esteves, está captando 1 bilhão de dólares. A Vinci Partners, liderada por Gilberto Sayão, ex-controlador do Pactual, também. O Itaú pretende levantar meio bilhão de dólares para sua nova gestora, a Kinea. Rodolfo Landim, ex-presidente da OGX, de Eike Batista, tem planos de captar 2 bilhões de reais para investir em empresas de óleo e gás. E por aí vai.

A segunda vertente é formada pelos grandes fundos estrangeiros, que, passados anos de promessas, decidiram desembarcar no Brasil. Esses fundos têm, hoje, mais de meio trilhão de dólares para investir e o mundo inteiro para escolher. Com a freada econômica dos países ricos, os emergentes surgiram como opção óbvia — o Brasil, como as aquisições recentes do Carlyle demonstram, entrou para valer nessa rota. Em setembro, o Blackstone, maior fundo de private equity do mundo, comprou uma participação de 40% no Pátria, por 200 milhões de dólares. “A partir de agora, nossa vida muda, já que podemos fazer negócios bem maiores usando recursos dos fundos globais do Blackstone”, diz Alexandre Saigh, um dos fundadores do Pátria.

Segundo EXAME apurou, os novos sócios já fizeram uma oferta de 500 milhões de dólares por uma participação no capital da Odebrecht Oil & Gas, mas perderam o leilão para o fundo soberano Temasek, de Singapura. Em outubro, o banco americano J.P. Morgan comprou 55% do Gávea, por 270 milhões de dólares. Outros fundos, como General Atlantic, Actis e Warburg Pincus, decidiram abrir escritórios no país e contratar equipes locais. “Queremos comprar empresas médias e grandes e investir, no mínimo, 100 milhões de dólares em cada negócio”, diz Alain Belda, responsável pelo escritório da Warburg Pincus no Brasil. Aos 67 anos e após uma carreira de 16 anos na mineradora americana Alcoa, Belda é uma das caras novas do mercado brasileiro. Ele espera investir 1,5 bilhão de reais em cinco anos. O KKR, fundado pelo magnata americano Henry Kravis, é o único dos megafundos globais que não fez seu ataque ao Brasil. Procurado, o KKR informou que “busca oportunidades e está desenhando sua estratégia” para o país.


Novos alvos

Historicamente, setores como o de alimentos e bebidas, o imobiliário e o de serviços financeiros são os que mais atraem investimentos de private equity. Mas a nova leva tem um leque de alvos muito mais abrangente — saúde, educação, energia e consumo estão entre os mais citados pelos gestores. “Estamos operando no limite”, diz Borges, do Carlyle. “Nossa equipe está sempre avaliando entre dez e 12 aquisições, não mais que isso.” Num mês típico, um grande fundo de private equity recebe cerca de 20 propostas de negócio, normalmente trazidas por bancos contratados por empresas que buscam um sócio ou um comprador. O Advent tem uma equipe não remunerada de 250 pessoas que funcionam como perdigueiros na caçada às empresas. São ex-executivos ou ex-banqueiros que podem usar sua rede de relacionamentos para encontrar bons alvos. Caso o Advent compre uma empresa trazida por um dos perdigueiros, ele pode ganhar até 1% do valor total da aquisição. “Eles farejam os negócios e fazem a ponte com as empresas”, diz Etlin.

Numa economia sedenta por capital, como a brasileira, a chegada dos fundos estrangeiros é extremamente bemvinda. Para empresas médias — sobretudo aquelas que não fazem parte do restrito clube das escolhidas pelo BNDES —, o acesso a recursos ainda é escasso no Brasil. Tomar dívida é caro. A abertura de capital, difícil. “Quem precisa de 200 milhões de reais vai ligar para quem? O private equity dá capital para quem não tem”, diz Luiz Fraga, do Gávea, que tem investimentos relevantes em 12 empresas.

O histórico mostra que se associar a um fundo pode ser a chave para que uma empresa mude de patamar e se distancie dos competidores. Há diversos exemplos. A Diagnósticos da América, do Pátria, no mercado de laboratórios, e a BR Malls, da GP, no setor de shoppings, são dois deles. Em ambos os casos, as empresas não têm mais os fundos como sócios. O empresário Carlos Wizard Martins, fundador do grupo Múlti, da rede de cursos de inglês Wizard, pretende seguir caminho semelhante. Em novembro, ele vendeu uma participação de cerca de 15% ao Kinea, do Itaú, por 200 milhões de reais. “Fomos assediados por dez fundos”, diz ele. O grupo Múlti fez cinco aquisições em 2010. A maior delas por 100 milhões de reais. Agora, com o novo sócio, Martins afirma que vai sonhar mais alto — com aquisições de até 700 milhões de reais. “Podemos turbinar nossa ambição”, diz ele.


O acesso a capital, porém, é apenas parte da história. Em sua obsessão por aumentar o valor das empresas adquiridas, fundos de private equity têm na melhoria da gestão um de seus principais pontos de ataque — nas palavras de um gestor, “transformar empresas familiares em empresas excelentes” é a chave para catapultar os retornos. Um caso recente de transformação desse tipo acontece na CVC, comprada pelo Carlyle em janeiro. Um pacote de remuneração atrelada ao desempenho das ações numa possível abertura de capital ajudou a atrair um grupo de executivos liderado por Luiz Fogaça, o novo vicepresidente financeiro, ex-Coca-Cola. Corte de custos e eficiência entraram para a ordem do dia: as margens de lucro passaram de 5% para 9%. A companhia buscou novas fontes de crescimento e passou a abrir quatro lojas por semana. Em janeiro, eram 400. Em dezembro, 580. A CVC deve abrir o capital no segundo semestre de 2011.

Para os “veteranos” do mercado de private equity — ou seja, quem tem mais de uma década de experiência no ramo —, o atual momento guarda semelhanças perigosas com a euforia dos anos 90. Naquela época, grandes fundos estrangeiros também protagonizaram uma onda de investimentos em empresas locais. Mas o Brasil pregou-lhes uma armadilha. A economia não cresceu, o câmbio fixo foi para o espaço, a bolsa não se provou uma alternativa viável de saída para os investimentos. Em suma, foi um fiasco.

Os investimentos em clubes de futebol foram o ápice da loucura daqueles tempos. A americana Hicks Muse tornou-se parceira do Corinthians no fim dos anos 90, investiu 60 milhões de dólares e prometeu construir um novo estádio para 45 000 torcedores. O time até que foi bem, mas os investimentos foram desastrosos e a parceria terminou em 2003 (o estádio, como se sabe, nunca saiu do papel). Outro motivo de trauma nos anos 90 foi a relação do banqueiro Daniel Dantas com os fundos de pensão brasileiros. O Opportunity de Dantas era gestor de fundos de private equity que reuniam dinheiro dos fundos de pensão e do Citigroup. Os lados acabaram se desentendendo; a briga para destituir Dantas da gestão entrou para a história do capitalismo nacional. Diante dessa combinação, o mercado de private equity passou pelo que se convencionou chamar de “inverno nuclear”. Entre 2001 e 2005, o nível de negócios foi mínimo. Traumatizados, investidores nacionais e estrangeiros não queriam saber de colocar seu dinheiro nas mãos dos fundos instalados no Brasil.


O mico dos anos 90 traz à lembrança a velha máxima do mercado financeiro — é nos melhores momentos que são feitos os piores negócios: com preços nas alturas, qualquer solavanco econômico pode dificultar a obtenção de retornos decentes. Há exemplos mais recentes. Em 2007, em meio ao oba-oba que antecedeu o estouro da bolha mundial de ativos, a GP tomou dinheiro emprestado para fazer a maior aquisição de sua história, a compra da companhia de petróleo San Antonio, por 1 bilhão de dólares. Desde então, o mercado virou, o preço do petróleo caiu à metade e a GP foi forçada a renegociar a dívida. Desta vez será diferente? A atual onda de aquisições se transformará numa onda de lucros na próxima década? Essas, claro, são as perguntas de bilhões de dólares.

Os veteranos recuaram

É no mínimo curioso notar que, em meio a tantas aquisições e com tanto dinheiro sendo levantado para comprar empresas brasileiras, os três mais tradicionais fundos do país tenham adotado uma postura nitidamente cautelosa em 2010. Advent e GP não fizeram nenhum investimento neste ano. O Pátria gastou apenas 150 milhões de dólares em quatro negócios. “Já vimos esse filme algumas vezes”, diz Saigh, do Pátria. “Com os preços nos níveis em que estão, temos mesmo de ficar com o pé atrás.” Há uma espécie de consenso de que o tempo das pechinchas ficou para trás. Dois negócios recentes não foram adiante porque os fundos julgaram o preço cobrado alto demais. A organizadora de eventos Time for Fun não conseguiu propostas no nível desejado e vai partir para a abertura de capital. O mesmo ocorreu com a operadora de planos de saúde Intermédica, sondada por diversos fundos no segundo semestre. O preço pedido — 1,4 bilhão de reais — assustou os potenciais compradores, e o negócio esfriou.


Os gestores de private equity usam um sistema de múltiplos para calcular quanto vale uma empresa. A base de cálculo é o Ebitda, número que mede a geração de caixa. Quanto menor o múltiplo, mais barata é a companhia. Cinco anos atrás, era comum encontrar companhias que valiam quatro vezes sua geração de caixa. Foi-se o tempo. As duas maiores aquisições do ano são justamente as que atraem maior ceticismo da concorrência. Estima-se que o Carlyle tenha avaliado a Qualicorp por mais de dez vezes sua geração de caixa. E a americana Apax, que ainda não tem escritório no Brasil, comprou o controle da companhia de serviços de tecnologia Tivit por quase dez vezes seu Ebitda, avaliando a empresa em 1 bilhão de dólares. “Esses caras estão pagando caro simplesmente porque têm de mostrar que estão fazendo grandes negócios no Brasil”, diz um gestor concorrente. “E esse é o motivo errado.”

As aquisições de Qualicorp e Tivit, sejam elas caras ou baratas, mostram como o mercado está se sofisticando. As duas empresas tinham entre seus principais acionistas fundos de private equity: Pátria e Votorantim Novos Negócios, no caso da Tivit, e General Atlantic, no caso da Qualicorp. O fato de terem vendido as empresas para concorrentes mostra que existem no mercado brasileiro fundos com objetivos distintos e diferentes graus de apetite por risco. O mercado local, porém, ainda está longe da complexidade vista em outros países. Embora tenha crescido aceleradamente, o número de fundos de private equity em operação no Brasil ainda é muito pequeno se comparado, por exemplo, à fúria compradora que se observa há anos na China e na Índia.

A penetração de fundos de private equity nos dois países é muito maior que no Brasil. Estima-se que operem na China mais de 3 000 fundos; por aqui, o número não chega a 200. Para os otimistas, dados como esses ajudam a demonstrar o potencial de expansão do mercado local. “O Brasil tem muitas empresas familiares de tamanho médio. O mercado ainda é muito fragmentado”, diz Urs Wietlisbach, do Partners Group. Para os pessimistas, os fundos estrangeiros desistirão do Brasil assim que as coisas melhorarem nos países ricos ou no momento em que a economia local soluçar. Aos 47 anos de idade e com 16 anos de experiência no setor, Etlin, do Advent, tem um conselho aos recém-chegados. “Essa é uma profissão em que se aprende fazendo”, diz. “E, no final, você vai estar coberto de cicatrizes.”

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